Esta revisão de escopo visa mapear estratégias de prevenção primária e detecção precoce de câncer de boca e orofaringe em planos de contenção de câncer e de doenças não transmissíveis de todos os Países Membros da Organização Mundial da Saúde. Seguindo as diretrizes do PRISMA-ScR, foi realizada uma pesquisa nos principais sites de organizações-chave até março de 2023. Três dos 194 países avaliados tinham planos subnacionais, resultando em 264 entidades políticas autônomas e similares com planos revisados. Entre estes, 124 (47%) abordaram fatores de risco e estratégias preventivas para o câncer de boca e orofaringe, incluindo 73 planos nacionais e 51 subnacionais (um da Austrália, dois do Reino Unido e 48 dos Estados Unidos) em 76 (39,2%) países. O Sudeste Asiático liderou com 81,8% de entidades políticas autônomas mencionando fatores de risco e estratégias preventivas dos cânceres estudados, seguido pelas Américas (63,5%). As regiões do Pacífico Ocidental e do Mediterrâneo Oriental tiveram as menores coberturas, com 24,2% e 23,8%, respectivamente. O uso de tabaco foi o fator de risco mais discutido para câncer de boca e orofaringe nos planos de prevenção primária (63,7%), seguido pela infecção pelo HPV (54%) e consumo de álcool (35,5%). A estratégia mais comum para detecção precoce foi o exame oportuno, recomendado por 29% das entidades políticas autonomas, seguido de rastreamento de indivíduos de alto risco (14,5%), autoexame (5,6%) e rastreamento de base populacional (2,4%). Apesar da alta incidência de câncer de boca e orofaringe em muitos países, a maioria dos planos oncológicos não cobriam estas condições especificamente, e uma grande diversidade de estratégias preventivas foi observada entre os planos. A falta de informações nos documentos disponíveis não deve implicar a ausência de uma política de câncer de boca e orofaringe; apesar da existência de outros documentos, eles não estavam acessíveis nos sites, destacando possíveis vieses.
Esta revisión de alcance tiene como objetivo mapear estrategias para la prevención primaria y la detección temprana del cáncer de boca y orofaringe en los planes de contención del cáncer y de enfermedades no transmisibles de todos los Países Miembros de la Organización Mundial de la Salud. Siguiendo las directrices del PRISMA-ScR se realizó una búsqueda en las principales páginas web de organizaciones clave hasta marzo del 2023. Tres de los 194 países evaluados contaban con planes subnacionales, totalizando 264 entidades políticas autónomas y afines con planes revisados. Entre ellos, 124 (47%) abordaron factores de riesgo y estrategias preventivas para el cáncer de boca y orofaringe, incluidos 73 planes nacionales y 51 subnacionales (uno de Australia, dos del Reino Unido y 48 de Estados Unidos) en 76 (39,2%) países. El Sudeste Asiático lideró el cuadro, sumando el 81,8% de entidades políticas autónomas que mencionaron factores de riesgo y estrategias preventivas para los cánceres estudiados, seguido por las Américas (63,5%). Las regiones del Pacífico Occidental y del Mediterráneo Oriental tuvieron la cobertura más baja, con un 24,2% y un 23,8%, respectivamente. El consumo de tabaco fue el factor de riesgo de cáncer de boca y orofaringe más discutido en los planes de prevención primaria (63,7%), seguido de la infección por HPV (54%) y el consumo de alcohol (35,5%). La estrategia más común para la detección temprana fue el tamizaje oportuno, recomendado por el 29% de las entidades políticas autónomas, seguido del tamizaje de personas de alto riesgo (14,5%), el autoexamen (5,6%) y el tamizaje de base poblacional (2,4%). A pesar de la alta incidencia de cáncer de boca y orofaringe en muchos países, la mayoría de los planes de oncología no cubría específicamente estas afecciones y se observó una amplia diversidad de estrategias preventivas entre los planes. La falta de información en los documentos disponibles no debe implicar la ausencia de una política de cáncer de boca y orofaringe; a pesar de la existencia de otros documentos, no eran accesibles en los sitios web, lo que pone de relieve posibles sesgos.
This scoping review maps primary prevention and early detection strategies for oral and oropharyngeal cancer across national cancer plans and noncommunicable disease plans from all World Health Organization Member States. Following PRISMA-ScR guidelines, bibliographic search was performed on key organization websites until March 2023. Of the 194 countries assessed three had subnational plans, resulting in 264 self-governing political entities and similar with revised plans. Among these, 124 (47%) addressed oral and oropharyngeal cancer risk factors and preventive strategies, including 73 national and 51 subnational plans (one from Australia, two from the United Kingdom and 48 from the United States) across 76 (39.2%) countries. Southeast Asia led with 81.8% self-governing political entities mentioning oral and oropharyngeal cancer risk factors and preventive strategies, followed by the Americas (63.5%). Western Pacific and Eastern Mediterranean regions had the lowest coverage with 24.2% and 23.8%, respectively. Tobacco use was the most discussed oral and oropharyngeal cancer risk factor in primary prevention plans (63.7%), followed by HPV infection (54%) and alcohol consumption (35.5%). Opportunistic examination was the most common strategy for early detection, recommended by 29% of self-governing political entities, followed by screening in high-risk individuals (14.5%), self-examination (5.6%), and population-based screening (2.4%). Despite the high oral and oropharyngeal cancer incidence in many countries, most cancer plans only indirectly covered it and showed a great diversity of preventive strategies. Missing data in available documents should not imply an absence of an oral and oropharyngeal cancer policy. Other documents may exist but were not available on the websites, highlighting potential bias.