Resumo Leitura do romance O delírio de Turing (2003) como avaliação estética do carácter totalitário das democracias neoliberais e de sua relação com as tecnologias. Estuda-se de que maneira Paz Soldán atualiza a reflexão sobre a luta entre os poderosos e os oprimidos, em um novo campo de batalha, que é o mundo virtual. O delírio de Turing compara-se com o romance anterior, Sonhos digitais (2000). As perspectivas, sem ser excludentes, representam diferentes enfoques, e não chegam à mesma conclusão. Ainda no primeiro romance, o controle do Estado é total, no mais recente observam-se fugas. Em O delírio de Turing, o gesto utópico está presente, não obstante é limitado. A sociedade retratada não só é pós-democrática, também torna-se paranoica.
Abstract A reading of novel Turing’s Delirium (2003) as an esthetic evaluation of the character of neoliberal totalitarian democracies and their relationship to technology. An analysis of how Paz Soldán updates reflections on the struggle between the powerful and the oppressed in a new battlefield set in a Virtual World. Turing’s Delirium is compared to Paz’s previous novel, Digital Dreams (2000). Viewpoints, bar none, present different approaches without ever arriving at the same conclusion. While in the previous novel State control is total, the most recent work shows some leaks. Though limited, the utopian gesture is present in Turing’s Delirium. Society, as portrayed, is not only post-democratic but has also turned paranoid.
Resumen Lectura de la novela El delirio de Turing (2003) como evaluación estética del carácter totalitario de las democracias neoliberales, y de su relación con las tecnologías. Se estudia de qué manera Paz Soldán actualiza la reflexión sobre la lucha entre los poderosos y los oprimidos en un nuevo campo de batalla que es el mundo virtual. El delirio de Turing se compara con la novela anterior, Sueños digitales (2000). Las perspectivas, sin ser excluyentes, representan diferentes enfoques, y no se llega a la misma conclusión. Mientras en la primera, el control del Estado es total, en la más reciente se observan fugas. En El delirio de Turing, el gesto utópico está presente, no obstante es limitado. La sociedad retratada no solo es postdemocrática, también se torna paranoica.