O artigo resulta de pesquisa desenvolvida no Chile, entre novembro e dezembro de 2007. Traça um amplo painel do atual debate educacional chileno, estudando algumas características da mobilização estudantil de 2006 (conhecida como "a revolta dos pingüins") e seus desdobramentos legais, políticos e institucionais, de forma a trazer subsídios para a reflexão sobre a nossa própria realidade educacional. Os procedimentos incluíram levantamento de documentos oficiais, pesquisa bibliográfica e de material publicado na mídia, bem como entrevistas com agentes do atual processo de mudança política: líder do movimento estudantil, assessora do sindicato docente, especialista do Ministério da Educação, pesquisadores das políticas educacionais, vinculados a universidades e a outros organismos, e diretores de escolas. Os resultados indicam que o atual vigor do debate chileno, rigorosamente focado no questionamento do modelo educacional vigente - considerado por muitos analistas como altamente mercantilizado e segmentado - tem características de vanguarda e de fina sintonia política com a realidade social e educacional do país, o que pode acabar por impor evidências, vencer ou convencer os resistentes, passando a orientar políticas de diminuição das desigualdades.
This article is the result of research carried out in Chile between November and December 2007. It sketches a broad picture of the current Chilean educational debate studying some of the characteristics of the student mobilization in 2006 (know as the "revolt of the penguins") and its legal, political and institutional consequences in order to draw out elements for a reflection upon our own educational reality. The research procedures included a survey of official documents, bibliographic research and an analysis of material published by the media, as well as interviews with agents of the current process of political change: a leader of the student movement, an adviser to the teachers' union, a specialist from the Ministry of Education, researchers of educational policy linked to universities and other organisms and school directors. The results suggest that the current strength of the Chilean debate, rigorously focused on questioning the present educational model - considered by many analysts as highly market oriented and segmented - reveals vanguard characteristics and a fine political synchrony with the social and educational reality of the country which could end by imposing evidence, overcoming or convincing the resistant and coming to orient policies for diminishing inequalities.
El artículo resulta de una pesquisa desarrollada en Chile, entre noviembre y diciembre de 2007. Traza un amplio cuadro del actual debate educacional chileno, estudiando algunas características de la movilización estudiantil de 2006 (conocida como "la rebelión de los pingüinos") y sus despliegues legales, políticos e institucionales, de forma para traer subsidios para la reflexión sobre nuestra propia realidad educacional. Los procedimientos incluyeron levantamiento de documentos oficiales, pesquisa bibliográfica y de material publicado en los medios de comunicación, bien como entrevistas con agentes del actual proceso de cambio político: líder del movimiento estudiantil, asesora del sindicato docente, especialista del Ministerio de Educación, investigadores de las políticas educacionales, vinculados a universidades y a otros organismos, y directores de escuelas. Los resultados indican que el actual vigor del debate chileno, rigorosamente enfocado en el cuestionario del modelo educacional vigente - considerado por muchos analistas como altamente mercantilizado y segmentado - tiene características de vanguardia y de fina sintonía política con la realidad social y educacional del país, lo que puede acabar por imponer evidencias, vencer o convencer los resistentes, pasando a orientar políticas de disminución de las desigualdades.