OBJETIVO Analisar se há diferenças entre gêneros na associação entre obesidade e perda dentária em idosos.MÉTODOS Foram avaliados dados de 1.704 idosos (60 anos ou mais) da linha de base de um estudo de coorte prospectivo realizado em Florianópolis, SC. Modelos de regressão logística multivariáveis foram realizados para aferição da associação entre perda dentária e obesidade geral e central, ajustados por variáveis de confusão (idade, gênero, cor da pele, educação, renda, tabagismo, atividade física, uso de prótese dentária, hipertensão e diabetes). Na regressão linear, índice de massa corporal e circunferência da cintura foram tratados como variáveis contínuas. Foi avaliada também a interação entre gênero e perda dentária.RESULTADOS A média geral do índice de massa corporal foi 28,0. A média de circunferência da cintura foi de 96,8 cm para homens e 92,6 cm para mulheres. O aumento da perda dentária associou-se positivamente com o aumento do índice de massa corporal e da circunferência da cintura, após ajuste por variáveis de confusão. Edêntulos apresentaram chance 1,4 (IC95% 1,1;1,9) vez maior de apresentarem obesidade central quando comparados com aqueles com maior número de dentes presentes; entretanto, a associação perdeu significância estatística após o ajuste pelas variáveis de confusão. Comparadas com homens edêntulos, mulheres edêntulas apresentaram prevalência ajustada de obesidade geral e central duas vezes maior. No modelo de efeitos conjuntos, mulheres edêntulas tiveram uma razão de chances 3,8 (IC95% 2,2;6,6) vezes maior de apresentarem obesidade central, quando comparadas com homens com mais de 10 dentes presentes em ambas as arcadas. De maneira similar, mulheres com menos de 10 dentes presentes em pelo menos uma arcada tiveram uma razão de chances 2,7 (IC95% 1,6;4,4) vezes maior de terem obesidade central quando comparadas com homens com mais de 10 dentes presentes em ambas arcadas.CONCLUSÕES Obesidade central foi mais prevalente que obesidade geral em idosos. Não foram encontradas associações entre obesidade geral e perda dentária. Associação entre obesidade central e perda dentária depende do gênero – mulheres com perdas dentárias apresentaram maior probabilidade de serem obesas.

OBJECTIVE To analyze if differences according to gender exists in the association between tooth loss and obesity among older adults.METHODS We analyzed data on 1,704 older adults (60 years and over) from the baseline of a prospective cohort study conducted in Florianopolis, SC, Southern Brazil. Multivariable logistic regression models were used to assess the association between tooth loss and general and central obesity after adjustment for confounders (age, gender, skin color, educational attainment, income, smoking, physical activity, use of dentures, hypertension, and diabetes). Linear regressions were also assessed with body mass index and waist circumference as continuous outcomes. Interaction between gender and tooth loss was further assessed.RESULTS Overall mean body mass index was 28.0 kg/m2. Mean waist circumference was 96.8 cm for males and 92.6 cm for females. Increasing tooth loss was positively associated with increased body mass index and waist circumference after adjustment for confounders. Edentates had 1.4 (95%CI 1.1;1.9) times higher odds of being centrally obese than individuals with a higher number of teeth; however, the association lost significance after adjustment for confounders. In comparison with edentate males, edentate females presented a twofold higher adjusted prevalence of general and central obesity. In the joint effects model, edentate females had a 3.8 (95%CI 2.2;6.6) times higher odds to be centrally obese in comparison with males with more than 10 teeth present in both the arches. Similarly, females with less than 10 teeth in at least one arch had a 2.7 (95%CI 1.6;4.4) times higher odds ratio of having central obesity in comparison with males with more than 10 teeth present in both the arches.CONCLUSIONS Central obesity was more prevalent than general obesity among the older adults. We did not observe any association between general obesity and tooth loss. The association between central obesity and tooth loss depends on gender – females with tooth loss had greater probability of being obese.

OBJETIVO Analisar se há diferenças entre gêneros na associação entre obesidade e perda dentária em idosos.MÉTODOS Foram avaliados dados de 1.704 idosos (60 anos ou mais) da linha de base de um estudo de coorte prospectivo realizado em Florianópolis, SC. Modelos de regressão logística multivariáveis foram realizados para aferição da associação entre perda dentária e obesidade geral e central, ajustados por variáveis de confusão (idade, gênero, cor da pele, educação, renda, tabagismo, atividade física, uso de prótese dentária, hipertensão e diabetes). Na regressão linear, índice de massa corporal e circunferência da cintura foram tratados como variáveis contínuas. Foi avaliada também a interação entre gênero e perda dentária.RESULTADOS A média geral do índice de massa corporal foi 28,0. A média de circunferência da cintura foi de 96,8 cm para homens e 92,6 cm para mulheres. O aumento da perda dentária associou-se positivamente com o aumento do índice de massa corporal e da circunferência da cintura, após ajuste por variáveis de confusão. Edêntulos apresentaram chance 1,4 (IC95% 1,1;1,9) vez maior de apresentarem obesidade central quando comparados com aqueles com maior número de dentes presentes; entretanto, a associação perdeu significância estatística após o ajuste pelas variáveis de confusão. Comparadas com homens edêntulos, mulheres edêntulas apresentaram prevalência ajustada de obesidade geral e central duas vezes maior. No modelo de efeitos conjuntos, mulheres edêntulas tiveram uma razão de chances 3,8 (IC95% 2,2;6,6) vezes maior de apresentarem obesidade central, quando comparadas com homens com mais de 10 dentes presentes em ambas as arcadas. De maneira similar, mulheres com menos de 10 dentes presentes em pelo menos uma arcada tiveram uma razão de chances 2,7 (IC95% 1,6;4,4) vezes maior de terem obesidade central quando comparadas com homens com mais de 10 dentes presentes em ambas arcadas.CONCLUSÕES Obesidade central foi mais prevalente que obesidade geral em idosos. Não foram encontradas associações entre obesidade geral e perda dentária. Associação entre obesidade central e perda dentária depende do gênero – mulheres com perdas dentárias apresentaram maior probabilidade de serem obesas.

OBJECTIVE To analyze if differences according to gender exists in the association between tooth loss and obesity among older adults.METHODS We analyzed data on 1,704 older adults (60 years and over) from the baseline of a prospective cohort study conducted in Florianopolis, SC, Southern Brazil. Multivariable logistic regression models were used to assess the association between tooth loss and general and central obesity after adjustment for confounders (age, gender, skin color, educational attainment, income, smoking, physical activity, use of dentures, hypertension, and diabetes). Linear regressions were also assessed with body mass index and waist circumference as continuous outcomes. Interaction between gender and tooth loss was further assessed.RESULTS Overall mean body mass index was 28.0 kg/m2. Mean waist circumference was 96.8 cm for males and 92.6 cm for females. Increasing tooth loss was positively associated with increased body mass index and waist circumference after adjustment for confounders. Edentates had 1.4 (95%CI 1.1;1.9) times higher odds of being centrally obese than individuals with a higher number of teeth; however, the association lost significance after adjustment for confounders. In comparison with edentate males, edentate females presented a twofold higher adjusted prevalence of general and central obesity. In the joint effects model, edentate females had a 3.8 (95%CI 2.2;6.6) times higher odds to be centrally obese in comparison with males with more than 10 teeth present in both the arches. Similarly, females with less than 10 teeth in at least one arch had a 2.7 (95%CI 1.6;4.4) times higher odds ratio of having central obesity in comparison with males with more than 10 teeth present in both the arches.CONCLUSIONS Central obesity was more prevalent than general obesity among the older adults. We did not observe any association between general obesity and tooth loss. The association between central obesity and tooth loss depends on gender – females with tooth loss had greater probability of being obese.

OBJETIVO Analisar a prevalência e fatores associados a sintomas depressivos em idosos. MÉTODOS Estudo epidemiológico transversal e de base domiciliar (inquérito EpiFloripa Idoso) com 1.656 idosos, realizado por conglomerados em dois estágios, setores censitários e domicílios, em Florianópolis, SC. A prevalência de sintomas depressivos (desfecho) foi obtida por meio da Geriatric Depression Scale (GDS-15), e testadas associações segundo variáveis sociodemográficas, de saúde, comportamentais e sociais. Foram calculadas razões de prevalências brutas e ajustadas com intervalo de 95% de confiança por regressão de Poisson. RESULTADOS A prevalência de sintomas depressivos foi de 23,9% (IC95% 21,84;26,01). Os fatores de risco associados no modelo final foram: escolaridade de cinco a oito anos (RP = 1,50; IC95% 1,08; 2,08), um a quatro anos (RP = 1,62; IC95% 1,18; 2,23) e nenhum ano de estudo (RP = 2,11; IC95% 1,46;3,05); situação econômica pior quando comparada com a que tinha aos 50 anos (RP = 1,33; IC95% 1,02;1,74); déficit cognitivo (RP = 1,45; IC95% 1,21;1,75); percepção de saúde regular (RP = 1,95; IC95% 1,47;2,60) e ruim (RP = 2,64; IC95% 1,82;3,83); dependência funcional (RP = 1,83; IC95% 1,43; 2,33); e dor crônica (RP = 1,35; IC95% 1,10;1,67). Grupo etário de 70 a 79 anos (RP = 0,77; IC95% 0,64;0,93); atividade física de lazer (RP = 0,75; IC95% 0,59;0,94); participação em grupos de convivência ou religiosos (RP = 0,80; IC95% 0,64;0,99); e ter relação sexual (RP = 0,70; IC95% 0,53;0,94) mostraram-se fatores protetores ao aparecimento dos sintomas depressivos. CONCLUSÕES Situação clínica adversa, desvantagem socioeconômica e pouca atividade social e sexual mostraram-se associadas aos sintomas depressivos em idosos.

OBJETIVO Analizar la prevalencia y factores asociados a síntomas depresivos en ancianos. MÉTODOS Estudio epidemiológico transversal y de base domiciliar (pesquisa EpiFloripa Anciano ) con 1.656 ancianos, realizado por conglomerados en dos fases, sectores censitarios y domicilios, en Florianópolis, SC, Brasil. La prevalencia de síntomas depresivos (resultado) fue obtenida por medio de la Geriatric Depression Scale (GDS-15), y evaluadas asociaciones según variables sociodemográficas, de salud, comportamiento y sociales. Se calcularon tasas de prevalencia brutas y ajustadas con intervalo de 95% de confianza por regresión de Poisson. RESULTADOS La prevalencia de síntomas depresivos fue de 23,9% (IC95% 21,84;26,01). Los factores de riesgo asociados en el modelo final fueron: escolaridad de cinco a ocho años (RP = 1,50; IC95% 1,08; 2,08), uno a cuatro años (RP = 1,62; IC95% 1,18; 2,23) y ningún año de estudio (RP = 2,11; IC95% 1,46;3,05); situación económica peor al compararse con la que tenía a los 50 años (RP = 1,33; IC95% 1,02;1,74); déficit cognitivo (RP = 1,45; IC95% 1,21;1,75); percepción de salud regular (RP = 1,95; IC95% 1,47;2,60) y mala (RP = 2,64; IC95% 1,82;3,83); dependencia funcional (RP = 1,83; IC95% 1,43; 2,33) y dolor crónico (RP = 1,35; IC95% 1,10;1,67). Grupo etario de 70 a 79 años (RP = 0,77; IC95% 0,64;0,93); actividad física de placer (RP = 0,75; IC95% 0,59;0,94); participación en grupos de convivencia o religiosos (RP = 0,80; IC95% 0,64;0,99) y tener relación sexual (RP = 0,70; IC95% 0,53;0,94) se mostraron como factores protectores de la aparición de los síntomas depresivos. CONCLUSIONES Situación clínica adversa, desventaja socioeconómica y poca actividad social y sexual se mostraron asociados a los síntomas depresivos en ancianos.

OBJETIVO Analisar a prevalência e fatores associados a sintomas depressivos em idosos. MÉTODOS Estudo epidemiológico transversal e de base domiciliar (inquérito EpiFloripa Idoso) com 1.656 idosos, realizado por conglomerados em dois estágios, setores censitários e domicílios, em Florianópolis, SC. A prevalência de sintomas depressivos (desfecho) foi obtida por meio da Geriatric Depression Scale (GDS-15), e testadas associações segundo variáveis sociodemográficas, de saúde, comportamentais e sociais. Foram calculadas razões de prevalências brutas e ajustadas com intervalo de 95% de confiança por regressão de Poisson. RESULTADOS A prevalência de sintomas depressivos foi de 23,9% (IC95% 21,84;26,01). Os fatores de risco associados no modelo final foram: escolaridade de cinco a oito anos (RP = 1,50; IC95% 1,08; 2,08), um a quatro anos (RP = 1,62; IC95% 1,18; 2,23) e nenhum ano de estudo (RP = 2,11; IC95% 1,46;3,05); situação econômica pior quando comparada com a que tinha aos 50 anos (RP = 1,33; IC95% 1,02;1,74); déficit cognitivo (RP = 1,45; IC95% 1,21;1,75); percepção de saúde regular (RP = 1,95; IC95% 1,47;2,60) e ruim (RP = 2,64; IC95% 1,82;3,83); dependência funcional (RP = 1,83; IC95% 1,43; 2,33); e dor crônica (RP = 1,35; IC95% 1,10;1,67). Grupo etário de 70 a 79 anos (RP = 0,77; IC95% 0,64;0,93); atividade física de lazer (RP = 0,75; IC95% 0,59;0,94); participação em grupos de convivência ou religiosos (RP = 0,80; IC95% 0,64;0,99); e ter relação sexual (RP = 0,70; IC95% 0,53;0,94) mostraram-se fatores protetores ao aparecimento dos sintomas depressivos. CONCLUSÕES Situação clínica adversa, desvantagem socioeconômica e pouca atividade social e sexual mostraram-se associadas aos sintomas depressivos em idosos.

OBJETIVO Analizar la prevalencia y factores asociados a síntomas depresivos en ancianos. MÉTODOS Estudio epidemiológico transversal y de base domiciliar (pesquisa EpiFloripa Anciano ) con 1.656 ancianos, realizado por conglomerados en dos fases, sectores censitarios y domicilios, en Florianópolis, SC, Brasil. La prevalencia de síntomas depresivos (resultado) fue obtenida por medio de la Geriatric Depression Scale (GDS-15), y evaluadas asociaciones según variables sociodemográficas, de salud, comportamiento y sociales. Se calcularon tasas de prevalencia brutas y ajustadas con intervalo de 95% de confianza por regresión de Poisson. RESULTADOS La prevalencia de síntomas depresivos fue de 23,9% (IC95% 21,84;26,01). Los factores de riesgo asociados en el modelo final fueron: escolaridad de cinco a ocho años (RP = 1,50; IC95% 1,08; 2,08), uno a cuatro años (RP = 1,62; IC95% 1,18; 2,23) y ningún año de estudio (RP = 2,11; IC95% 1,46;3,05); situación económica peor al compararse con la que tenía a los 50 años (RP = 1,33; IC95% 1,02;1,74); déficit cognitivo (RP = 1,45; IC95% 1,21;1,75); percepción de salud regular (RP = 1,95; IC95% 1,47;2,60) y mala (RP = 2,64; IC95% 1,82;3,83); dependencia funcional (RP = 1,83; IC95% 1,43; 2,33) y dolor crónico (RP = 1,35; IC95% 1,10;1,67). Grupo etario de 70 a 79 años (RP = 0,77; IC95% 0,64;0,93); actividad física de placer (RP = 0,75; IC95% 0,59;0,94); participación en grupos de convivencia o religiosos (RP = 0,80; IC95% 0,64;0,99) y tener relación sexual (RP = 0,70; IC95% 0,53;0,94) se mostraron como factores protectores de la aparición de los síntomas depresivos. CONCLUSIONES Situación clínica adversa, desventaja socioeconómica y poca actividad social y sexual se mostraron asociados a los síntomas depresivos en ancianos.