Com o objetivo de analisar a associação entre estresse no trabalho e hipertensão arterial na população feminina, foi realizado estudo transversal com 1.819 mulheres participantes do Estudo Pró-Saúde no Rio de Janeiro, RJ, entre 1999 e 2001. Foi utilizada a versão brasileira da escala reduzida de estresse no trabalho (modelo demanda-controle). A prevalência global de hipertensão arterial aferida (>140/90 mmHg e/ou uso de medicação anti-hipertensiva) foi de 24%. Comparadas com participantes com trabalho classificado como de baixa exigência, as razões ajustadas de prevalências de hipertensão arterial de mulheres em trabalhos de alta exigência, passivos e ativos, foram, respectivamente, de 0,93 (IC 95%: 0,72;1,20), 1,06 (IC 95%: 0,86;1,32) e 1,14 (IC 95%: 0,88;1,47). Sugere-se a realização de análises longitudinais para elucidar o papel dessas características psicossociais do ambiente de trabalho na determinação da hipertensão arterial.
This study aimed to analyze the association between job strain and hypertension in the female population. A cross-sectional study was performed with 1,819 women who participated in the Estudo Pró-Saúde (Pro-Health Study), in the city of Rio de Janeiro, Southeastern Brazil, between 1999 and 2001. The Brazilian version of the short version of the Job Stress Scale (demand-control model) was used. Overall prevalence of measured hypertension (>140/90 mmHg and/or antihypertensive drug use) was 24%. Compared to participants with jobs classified as low strain, adjusted prevalence ratios for hypertension in women who performed passive and active high-strain jobs were, respectively, 0.93 (95% CI: 0.72;1.20), 1.06 (95% CI: 0.86;1.32) and 1.14 (95% CI: 0.88;1.47). Longitudinal analyses should be performed to clarify the role of these work environment psychosocial characteristics as a determinant of hypertension.
Con el objetivo de analizar la asociación entre estrés en el trabajo e hipertensión arterial en la población femenina, fue realizado estudio transversal con 1.819 mujeres participantes del Estudio Pro-Salud en Rio de Janeiro, Sureste de Brasil, entre 1999 y 2001. Fue utilizada la versión brasilera de la escala reducida de estrés en el trabajo (modelo demanda-control). La prevalencia global de hipertensión arterial conferida (>140/90 mmHg y/o uso de medicamento anti-hipertensivo) fue de 24%. Comparadas con participantes con trabajo clasificado como de baja exigencia, las tasas ajustadas de alta exigencia, pasivos y activos, fueron, respectivamente, de 0,93 (IC 95%: 0,72;1,20), 1,06 (IC 95%: 0,86;1,32) y 1,14 (IC 95%: 0,88;1,47). Se sugiere la realización de análisis longitudinales para elucidar el papel de estas características psicosociales del ambiente de trabajo en la determinación de la hipertensión arterial.