JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Ansiedade pré-operatória é um fator negativo na experiência anestésico-cirúrgica. Dentre as estratégias para redução da ansiedade em crianças, as não farmacológicas são tão importantes quanto as farmacológicas, porém sua validade ainda é controversa. Verificar se a informação oferecida aos responsáveis interfere na ansiedade da criança. MÉTODOS: 72 crianças de 4 a 8 anos, ASA I e II, submetidas a procedimentos cirúrgicos eletivos e seus responsáveis, divididos aleatoriamente em: Grupo Controle (GC) = responsável recebeu informação anestésica convencional; e Grupo Informativo (GI) = responsável recebeu folheto sobre a anestesia. Foi avaliada ansiedade das crianças pela escala de ansiedade pré-operatória de Yale modificada (EAPY-m), em dois momentos, na sala de espera do centro cirúrgico (SE) e na sala de operação (SO), e dos pais, pela Escala de ansiedade de Hamilton (HAM-A) em SE. RESULTADOS: Não houve diferença nos dados sociodemográficos entre os grupos. O nível de ansiedade nas crianças não apresentou diferença entre os grupos nos dois momentos. Houve diferença estatística significativa nos níveis de ansiedade entre SE e SO nos dois grupos, p = 0,0019 no GC e p < 0,0001 no GI, assim como na prevalência de ansiedade em GC (SE 38,9% e SO 69,4%, p = 0,0174) e em GI (SE 19,4% e SO 83,3%, p< 0,0001). O nível de ansiedade dos responsáveis não apresentou diferença entre os grupos. CONCLUSÃO: Independentemente da qualidade de informação oferecida aos responsáveis, o nível e a prevalência de ansiedade das crianças foram baixos no momento SE e aumentaram significativamente no momento SO.
BACKGROUND AND OBJECTIVES: Preoperative Anxiety is a negative factor in anesthetic and surgical experience. Among the strategies for reducing children's anxiety, non-pharmacological strategies are as important as the pharmacological ones, but its validity is still controversial. OBJECTIVES: The aim of this study was to verify if the information provided to guardians interferes with child anxiety. METHODS: 72 children, 4-8 years old, ASA I and II, undergoing elective surgical procedures and their guardians were randomly divided into two groups: control group (CG) = guardian received conventional information about anesthesia; informative group (IG) = guardian received an information leaflet about anesthesia. Children's anxiety was assessed using the modified Yale Preoperative Anxiety Scale (m-YPAS) on two occasions: at the surgical theater waiting room (WR) and at the operating room (OR). Parents' anxiety was assessed using the Hamilton Anxiety Scale (HAM-A) at the CT. RESULTS: There was no difference in demographic data between groups. The level of anxiety in children showed no difference between groups at two measured times. There was statistically significant difference in anxiety levels between WR and OR in both groups, p = 0.0019 for CG and p < 0.0001 for GI, as well as the prevalence of anxiety for CG (38.9% WR and 69.4 % OR, p = 0.0174) and GI (19.4% WR and 83.3% OR, p < 0.0001). The anxiety level of guardians did not differ between groups. CONCLUSION: Regardless of the quality of information provided to the guardians, the level and prevalence of anxiety in children were low at WR time and significantly increased at OR time.
JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: La ansiedad preoperatoria es un factor negativo en la experiencia anestésico-quirúrgica. Entre las estrategias para la reducción de la ansiedad en niños, las no farmacológicas son tan importantes como las farmacológicas, pero su caducidad todavía es algo controversial. Verificar si la información ofrecida a los responsables interfiere en la ansiedad del niño. MÉTODOS: Setenta y dos (72) niños de 4 a 8 años, con ASA I y II, sometidos a procedimientos quirúrgicos electivos y sus responsables, divididos aleatoriamente en: Grupo Control (GC) = responsable recibió una información anestésica convencional; y el Grupo Informativo (GI) = responsable recibió un folleto sobre la anestesia. Se evaluó la ansiedad de los niños por la escala de ansiedad preoperatoria de Yale modificada (EAPY-m), en dos momentos, en la sala de espera del centro quirúrgico (SE) y en el quirófano (Q), y de los padres, por la escala de Hamilton (HAM-A) en SE. RESULTADOS: No hubo diferencia en los datos sociodemográficos entre los grupos. El nivel de ansiedad en los niños no presentó ninguna diferencia entre los grupos en los dos momentos. Hubo una diferencia estadística significativa en los niveles de ansiedad entre SE y Q en los dos grupos, p = 0,0019 en el GC y p < 0,0001 en el GI, como también en la prevalencia de ansiedad en GC (SE 38,9% y Q 69,4%, p = 0,0174) y en GI (SE 19,4% y Q 83,3%, p< 0,0001). El nivel de ansiedad de los responsables no presentó diferencia entre los grupos. CONCLUSIONES: Independientemente de la calidad de la información ofrecida a los responsables, el nivel y la prevalencia de ansiedad de los niños fueron bajos en el momento SE aumentando significativamente en el momento Q.