RESUMO O tratamento das neoplasias em região de cabeça e pescoço pode deixar sequelas que afetam a qualidade de vida do paciente durante e após o tratamento. A comunicação buconasosinusal decorrente da ressecção cirúrgica parcial ou total do palato traz ao paciente alterações na função mastigatória, estética, fonética e de deglutição o que pode levar a um isolamento social do indivíduo. Em vista disso, a atuação do cirurgião dentista junto à equipe multiprofissional de atendimento ao paciente oncológico se faz fundamental, podendo contribuir no diagnóstico, auxiliar no manejo de complicações do tratamento quimioterápico/radioterápico, e na reabilitação bucomaxilofacial, sendo esta uma alternativa para melhorar a qualidade de vida do paciente, pois visa restabelecer as funções alteradas em decorrência do procedimento cirúrgico. O presente estudo relata o caso de uma paciente portadora de carcinoma adenóide cístico na maxila submetida à maxilectomia parcial, deixando como seqüela a comunicação buconasosinusal. O acompanhamento odontológico foi realizado no Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas no pré-operatório, durante e após o tratamento. No momento a paciente está reabilitada com uma prótese obturadora em acompanhamento pela equipe de odontologia e pelo cirurgião de cabeça e pescoço.

ABSTRACT Treatment of cancers of the head and neck may provoke sequelae that affect the quality of life of patients during and after treatment. Mouth-sinus communication resulting from partial or total surgical resection of the palate leads to the patient experiencing dysphagia, dysphonia and trismus, which can lead to social isolation of the individual. As a result, the work of the dental surgeon, together with the multidisciplinary team caring for cancer patients, is fundamental and can help with the diagnosis, assist in the management of chemotherapy and radiotherapy complications and enable postsurgical rehabilitation. The present study reports the case of a patient with adenoid cystic carcinoma in the right maxilla, who underwent a partial maxillectomy, the resulting sequela being mouth-sinus communication. The dental treatment was performed at the Hospital of the Federal University of Pelotas preoperatively, during and after treatment. At this time the patient is rehabilitated with an obturator prosthesis and is being monitored by the dental team and the head and neck surgeon.

<p>Este estudo avaliou retrospectivamente o efeito do ácido fusídico sobre o manejo da gengivite descamativa (DG). A população do estudo consistiu de 15 pacientes com DG. Os pacientes foram solicitados a fazer aplicação tópica de pomada de ácido fusídico 2% 4 vezes ao dia, durante 6 semanas. As avaliações clínicas foram registradas no início do estudo, em 6 semanas e 12 meses após o início da terapia. O exame dos pacientes envolveu tamanho da área da lesão, intensidade da dor e impacto nas atividades diárias. Todos os pacientes apresentaram lesões na maxila; em 9 pacientes (60,0%) as lesões foram predominantemente na região anterior e em 6 (40,0%) na região posterior da maxila. O tratamento significantemente (p<0,05) reduziu a intensidade da dor (de 5,4±1,12 para 1,16±0,97) e a sua periodicidade (de 53,33% com dor>3x/semana para 13,33%), e o tamanho da lesão em 72,47% (±4,12) imediatamente após 6 semanas de tratamento. As melhorias foram sustentadas por 12 meses, quando comparado aos valores iniciais (p<0,001). Também reduziu o impacto da doença nas atividades diárias (alimentação e desempenho de higiene oral), e melhorou a condição emocional dos pacientes, que relataram melhores relações e hábitos sociais. A aplicação tópica de ácido fusídico pode ser uma alternativa para terapia local paliativa no tratamento de gengivite descamativa.</p>

<p>This study evaluated retrospectively the effect of fusidic acid on the management of desquamative gingivitis (DG). The study population consisted of 15 patients with DG. Patients were requested to make topical application of 2% fusidic acid ointment 4 times a day for 6 weeks. Clinical assessments were recorded at baseline, at 6 weeks and 12 months after beginning the therapy. Patients' examination involved lesion size area, pain score and impact on daily activities. All patients presented lesions in maxilla; in 9 patients (60.0%) lesions were predominately at the anterior region and 6 (40.0%) at the posterior region of maxilla. Treatment significantly (p<0.05) reduced the pain intensity (from 5.4±1.12 to 1.16±0.97) and its periodicity (from 53.33% with pain>3 x/week to 13.33%), and the lesion size in 72.47% (±4.12) immediately after 6 weeks of treatment. Improvements were sustained for 12 months compared to baseline (p<0.001). It also reduced the impact of disease in daily activities (eating and oral hygiene performance), and improved the emotional condition of patients, who reported better social relationships and habits. Topical application of fusidic acid may be a possible alternative local palliative therapy for desquamative gingivitis treatment.</p>