Resumo Esse artigo propõe uma reflexão sobre os desafios da política ambiental global no Antropoceno. Primeiro, destaca-se a inconsistência entre as instituições da política ambiental internacional e a progressiva degradação das fronteiras planetárias. Em segundo lugar, argumenta-se que, uma vez que a transição para o Antropoceno exige a construção consciente de um novo espaço de operação segura para a humanidade, é necessário mudar radicalmente a estrutura institucional da cooperação, baseada em regimes internacionais: a transição da política ambiental para a governança global. O marco fundamental deste caminho é a superação do sistema internacional de hegemonia conservadora, isto é, o abandono de tendências soberanistas - egoístas e de curto prazo - por parte de seus atores, particularmente as grandes potências. Finalmente, é proposta uma série de premissas para a governança do Antropoceno da perspectiva das Relações Internacionais, tendo como substrato a transição pós-soberana.
Abstract : This article proposes a reflection on the challenges of global environmental policy in the Anthropocene. Firstly, the inconsistency between the institutions of international environmental policy and the progressive degradation of the planetary boundaries is highlighted. Secondly, it is stated that, since the transition to Anthropocene requires the conscious construction of a new space of safe operation for humanity, it is necessary to radically modify the institutional structure of cooperation, based on international regimes: the transition from environmental politics to global governance. The fundamental milestone of this path is the overcoming of the international system of conservative hegemony, that is, the abandonment of the sovereignist tendencies - egotistical and short-term - on the part of its actors, particularly the great powers. Finally, a series of premises for the governance of the Anthropocene is proposed from the point of view of International Relations, with the post-sovereign transition as the main pillar.
Resumen Este artículo propone una reflexión sobre los desafíos de la política ambiental global en el Antropoceno. Primeramente, se destaca la inconsistencia entre las instituciones de la política ambiental internacional y la degradación progresiva de las fronteras planetarias. En segundo lugar, se afirma que, dado que la transición hacia el Antropoceno demanda la construcción consciente un nuevo espacio de operación segura para la humanidad, es necesario modificar radicalmente la estructura institucional de la cooperación, basada en regímenes internacionales: la transición de la política ambiental hacia la gobernanza global. El hito fundamental de este camino es la superación del sistema internacional de hegemonía conservadora, es decir, el abandono de las tendencias soberanistas - egoístas y de corto plazo - por parte de sus actores, particularmente las grandes potencias. Finalmente, se proponen una serie de premisas para la gobernanza del Antropoceno desde la óptica de las Relaciones Internacionales, teniendo como substrato la transición post-soberana.