Our aim in this essay is draft some small notes about Michel Foucault's conception of criticism, linking it to – or making it indistinguishable from – the exercise of what the French thinker called problematization in some of your later texts. Extending an analytical movement that began a long time ago, we defend that Foucault's critical exercise, understood as a permanent and infinite work, would be something indistinguishable from a movement of incessant questioning of the present time. A movement, in the matter of fact, capable of generating a constant state of alert for the ways in which we constitute ourselves as subjects. Such analyzes aim to provide subsidy for educational researchers interested in making use of Foucault's conceptual apparatus but concerned with not transmuting the methodological tools elaborated by Foucault into chains of thought. To do so, we defend the use of plastic notions of problematization and a certain Foucauldian conception of criticism.
Se pretende, a lo largo de este ensayo, redactar unos pequeños apuntes sobre la concepción de crítica de Michel Foucault, vinculándola –o haciéndola indistinguible– del ejercicio de lo que el pensador francés llamó problematización en algunos textos posteriores. Prolongando un movimiento analítico que comenzó hace mucho tiempo, se argumenta que el ejercicio crítico de Foucault, entendido como una obra permanente e infinita, sería algo indistinguible de un movimiento de cuestionamiento incesante del presente, un movimiento capaz de generar un estado constante de alerta por las formas en que nos constituimos como sujetos dentro de la tensión que se establece entre prácticas de sujeción y prácticas de libertad. Este movimiento, a su vez, inspiró cierto tono elusivo en su pensamiento, preocupado por no adoptar nunca una postura normativa sobre cuestiones propias de su tiempo. Dichos análisis apuntan a brindar subsidio a los investigadores educativos interesados en hacer uso del aparato conceptual de Foucault, pero preocupados por no transmutar las herramientas metodológicas elaboradas por Foucault en cadenas de pensamiento. Para ello, defendemos el uso de nociones plásticas de problematización y una cierta concepción foucaultiana de la crítica, para pensar el intenso diálogo entre Foucault y el presente que, de un modo u otro, no puede ser desatendido por aquellos/las que lidiar con su pensamiento.
Pretende-se, ao longo desse ensaio, rascunhar alguns pequenos apontamentos sobre a concepção de crítica em Michel Foucault, atrelando-a ao – ou tornando-a indistinta do – exercício daquilo que o pensador francês denominou em alguns textos tardios de problematização. Prolongando um movimento analítico iniciado há muito, defende-se que o exercício crítico foucaultiano, compreendido como um trabalho permanente e infinito, seria algo indistinto de um movimento de problematização incessante do tempo presente, um movimento capaz de gerar um constante estado de alerta para os modos como nos constituímos enquanto sujeitos no interior da tensão instaurada entre práticas de sujeição e práticas de liberdades. Tal movimento, por seu turno, inspirou certo tom esquivo de seu pensamento, preocupado em jamais adotar uma postura normativa diante de questões de seu próprio tempo. Tais análises almejam fornecer subsídio para pesquisadores da área educacional interessados em se valer do aparato conceitual foucaultiano, mas preocupados em não transmutar as ferramentas metodológicas elaboradas por Foucault em amarras de pensamento. Para tanto, defende-se o recurso às noções plásticas de problematização e à certa concepção foucaultiana de crítica, a fim de pensarmos o diálogo intensivo travado por Foucault com o tempo presente que, de um modo ou outro, não pode ser desconsiderado por aqueles/as que lidam com seu pensamento.