O objetivo deste trabalho é fazer uma revisão sobre a hidratação e discutir se, durante o exercício, a reposição de líquidos de acordo com a sede é suficiente para hidratar o indivíduo. A perda hídrica pela sudorese induzida pelo exercício, especialmente realizado em ambientes quentes, pode levar à desidratação, pode alterar o equilíbrio hidroeletrolítico, dificultar a termorregulação e, assim, representar um risco para a saúde e/ou provocar uma diminuição no desempenho esportivo. Tem sido citado que os atletas não ingerem voluntariamente água suficiente para prevenir a desidratação durante uma atividade física. Em função disso, têm sido propostas recomendações internacionais sobre a hidratação. Segundo o American College of Sports Medicine (ACSM), deve-se ingerir aproximadamente 500mL de líquidos nas duas horas antecedentes ao exercício. Durante o exercício, os atletas devem começar a beber desde o início e em intervalos regulares, em volume suficiente para repor as perdas pela sudorese ou o máximo tolerado. A National Athletic Trainer's Association (NATA) faz as seguintes recomendações: ingerir 500 a 600mL de água ou outra bebida esportiva duas a três horas antes do exercício e 200 a 300mL 10 a 20 minutos antes do exercício; durante o exercício, a reposição deve aproximar as perdas pelo suor e pela urina e pelo menos manter a hidratação, com perdas máximas correspondentes a 2% de perda de peso corporal; após o exercício a hidratação deve ter como objetivo corrigir quaisquer perdas líquidas acumuladas. Além disso, o ACSM e o NATA fazem referências sobre temperatura e palatabilidade do líquido, adição de carboidratos e eletrólitos de acordo com a intensidade e duração do exercício e estratégias de hidratação para facilitar a acessibilidade do atleta ao líquido. No entanto, outros autores questionam o uso da reidratação em volumes predeterminados e sugerem que a ingestão de líquidos de acordo com a sede seja capaz de manter a homeostase.
The present work proposes a review about exercise fluid replacement and a discussion whether, during exercise, the fluid ingested according to thirst is sufficient to maintain hydration. Exercise sweat loss, mainly in the heat, can cause dehydration, can alter the hidroelectrolyte balance, disturb thermoregulation, presenting a health risk and/or impairing the athletic performance. It has been asserted that athletes do not drink, spontaneously, the sufficient fluid volume to prevent dehydration during the physical activity. Thus, international recommendations to fluid replacement during physical activities have been proposed. According to the American College of Sports Medicine (ACSM), about 500 mL of fluid on the two hours before the exercise must be ingested. During exercise, they propose that athletes should start fluid replacement since the beginning in regular periods and should drink enough fluid to restore all the sweating losses or ingest the maximal volume tolerated. The National Athletic Trainer's Association (NATA) proposes the following recommendations: ingestion of 500 to 600 mL of water two or three hours before exercise or other sport drink and ingestion of 200 to 300 mL 10 to 20 minutes before exercise starting. During exercise, the fluid replacement should match the sweating and urine losses and at least should maintain hydration status reaching maximal body weight losses of 2%. After the exercise, fluid replacement must restore all the fluid losses accumulated. In addition, ACSM and NATA asserted about fluid temperature and palatability, beverage carbohydrate and electrolyte additions according to exercise duration and intensity and recommended hydration schedules to provide easier access to fluid ingestion. However, other authors contest the use of hydration schedules based on predetermined fluid volumes and suggest that fluid replacement according to thirst is enough to maintain body homeostasis.
El objetivo de este trabajo es hacer una revisión sobre la hidratación y discutir si, durante el ejercicio, la reposición de líquidos de acuerdo con la sed es suficiente para hidratar al individuo. La pérdida hídrica por la sudoración inducida por el ejercicio, especialmente realizado en ambientes calurosos, puede llevar a la deshidratación, puede alterar el equilibrio hidroelectrolítico, dificultar la termorregulación y, así, representar un riesgo para la salud y/o provocar una disminución en el desempeño deportivo. Ha sido citado que los atletas no ingieren voluntariamente agua suficiente para prevenir la deshidratación durante una actividad física. En función de eso, han sido propuestas recomendaciones internacionales sobre la hidratación. Según American College of Sports Medicine (ACSM), se debe ingerir aproximadamente 500 ml de líquidos durante las dos horas antecedentes al ejercicio. Durante el ejercicio, los atletas deben comenzar a beber desde el inicio y a intervalos regulares, en volumen suficiente para reponer las pérdidas por la sudoración o el máximo tolerado. La National Athletic Trainer's Association (NATA) hace las siguientes recomendaciones: ingerir 500 a 600 ml de agua u otra bebida deportiva dos a tres horas antes del ejercicio y 200 a 300 ml de 10 a 20 minutos antes del ejercicio; durante el ejercicio, la reposición debe aproximarse a las pérdidas por el sudor y por la orina y por lo menos mantener la hidratación, con pérdidas máximas correspondientes a 2% de pérdida de peso corporal; después del ejercicio la hidratación debe tener como objetivo corregir cualesquier pérdidas líquidas acumuladas. Además de esto, la ACSM y la NATA hacen referencias sobre temperatura y palatabilidad del líquido, adición de carbohidratos y electrólitos de acuerdo con la intensidad y duración del ejercicio y estrategias de hidratación para facilitar la accesibilidad del atleta al líquido. A pesar de esto, otros autores cuestionan el uso de la rehidratación en volúmenes predeterminados y sugieren que la ingestión de líquidos de acuerdo con la sed sea capaz de mantener la homeostasis.