RESUMO Entre o terror e a acumulação social do medo: Governança criminal em três cidades paraguaias fronteiriças com Argentina e Brasil analisa e compara a governança criminal que condiciona a rotina e as atividades dos moradores e operadores do sistema de justiça e segurança em três cidades fronteiriças. Estratégias etnográficas como observações, entrevistas e conversas informais identificaram os atores, os bens e os serviços que exploram e os mecanismos de interação institucional e social. Eles atuam impunemente nesses territórios por meio da aquisição de mercadorias políticas, da infiltração institucional e de diversos mecanismos de coerção baseados na violência simbólica e brutal, bem como do acionamento de processos sancionadores criminais e disciplinares que geram terror e acumulam medo social.
ABSTRACT This article analyses and compares the operation of the criminal governance that conditions the routine and activities of the residents and the justice and security system officials of three border cities. Ethnographic strategies, such as observation, interviews, and informal conversations identified the actors, the goods, and services they exploit, as well as the mechanisms of institutional and social interaction. They act with impunity in these territories due to the control of political commodities, institutional infiltration and different mechanisms of coercion based on symbolic and brutal violence, and the engagement of criminal and disciplinary sanctioning processes, which generate terror and accumulate social fear.
RESUMEN Este artículo analiza y compara de qué manera opera la gobernanza criminal que condiciona la rutina y actividades de pobladores y operadores del sistema de justicia y seguridad en tres ciudades fronterizas. Estrategias etnográficas, tales como observaciones, entrevistas y conversaciones informales identificaron a los actores, las mercancías y servicios que explotan, así como los mecanismos de interacción institucional y social. Actúan con impunidad en estos territorios debido a la adquisición de mercancías políticas, infiltración institucional y distintos mecanismos de coerción basados en la violencia simbólica y brutal, y la activación de procesos penales y disciplinarios sancionatorios, que generan terror y acumulan el miedo social.