Nas comemorações dos 30 anos da Anpocs, o autor rememora os primeiros tempos da Anpocs e, particularmente, as vicissitudes em torno da eleição do primeiro presidente não oriundo da ciência política. Faz considerações sobre a relação da antropologia com o país, ressaltando o papel histórico da disciplina no esforço de construção da nação e a necessidade, hoje, de se rever este papel para enfrentar o desafio de atualizar a relação da antropologia com o país. Acentua, ainda, a importância de enfrentar as questões postas pelo colonialismo interno e pela pressuposição da unidade em detrimento do reconhecimento pleno das alteridades e dos atores coletivos.
While celebrating the thirtieth anniversary of Anpocs, the author recalls the starting time of Anpocs, particularly the vicissitudes surrounding the election of its first president coming from a non-political sciences background. The relation between anthropology and the country is considered, emphasizing the historical role of the discipline in the endeavor of conceiving the nation as well as the necessity today of reviewing such role in order to face the challenge of modernizing the relation between anthropology and the country. The author also accentuates the importance of fronting the questions posed by both the internal colonialism and the presupposition of the unit in detriment of the complete recognition of alterities and collective actors.
Dans le cadre des festivités relatives aux 30 ans de l'Anpocs, l'auteur remémore les premiers temps de l'Anpocs et, particulièrement, les vicissitudes à propos de l'élection du premier président qui n'était pas du domaine des sciences politiques. Il aborde des questions sur le rapport entre l'anthropologie et le Brésil, mettant en avant le rôle historique de cette discipline par rapport à l'effort de construction de la nation. Il rapelle le besoin, actuel, de revoir ce rôle pour faire face au défi de mettre à jour le lien entre l'anthropologie et le Brésil. Il souligne également l'importance d'affronter les questions posées par le colonialisme interne et par la présupposition de l'unité au détriment de la reconnaissance pleine des altérités et des acteurs collectifs.