Este trabalho objetivou a investigação psicanalítica do imaginário coletivo de professores de ensino superior sobre inclusão escolar. Foi realizada uma entrevista grupal para abordagem da pessoalidade coletiva, com 12 docentes dos cursos de Letras e de Pedagogia. Para tal, utilizou-se o Procedimento Desenhos-Estórias com Tema como recurso mediador-dialógico, cabendo a cada professor produzir, individualmente, desenhos e histórias sobre o tema "aluno de inclusão". A partir deste material, analisado à luz do método psicanalítico, foram captados quatro campos psicológicos não conscientes: "o menino de sua mãe", "(in)capacidades", "onde está Wally?" e "a dor e a delícia". Em seu conjunto, tais campos revelaram a angústia despertada pelo processo de inclusão escolar nos professores que, em seu imaginário, concebem que o aluno com deficiência deve ser cuidado por sua mãe. Desse modo, compreende-se que o processo de inclusão demanda, além de informações técnicas, um espaço de cuidado emocional a estes profissionais.
This study aimed to make a psychoanalytic investigation of the collective imaginary of Higher Education Professors regarding school inclusion. A group interview was carried out with 12 faculty members of Language and Pedagogy Programs for the collective imaginary approach. For that, the Thematic Story-Drawing Procedure was used as mediator-dialogical resource. Each professor individually produced drawings and stories on the theme "inclusion student". Through this clinical material, analyzed through the psychoanalytic method, four unconscious psychological fields were collected: "his mother's boy", "(un)capacities", "where's Wally?" and "the pain and the pleasure". In this set, such fields indicated that school inclusion is experienced with anxiety by professors, whose collective imaginary conceives that the student with a deficiency must be cared for by his(er) mother. Thus, it is understood that school inclusion demands, in addition to technical information, space to care for the emotional aspect of these professionals.
Este trabajo intentó la investigación psicoanalítica del imaginario colectivo de profesores de universidad sobre la inclusión escolar. Realizamos una entrevista grupal para abordaje de la personalidad colectiva, con doce (12) profesores de los cursos de Letras y de Pedagogía, mientras la cual utilizamos el procedimiento dibujos-cuentos con tema como recurso mediador dialógico, con los profesores haciendo, individualmente, dibujos y cuentos sobre el tema "un alumno de inclusión". A partir del material, analizado de acuerdo con el método psicoanalítico, captamos cuatro campos psicológicos no conscientes: "el niño de su madre", "(in)capacidades", "¿donde está Wally?" y "la dolor y la delicia". Los campos revelaron que la inclusión escolar despierta angustia en los profesores que, en su imaginario, conciben que el alumno con deficiencia deba ser cuidado por su madre. Partir de ahí, es comprendido que la inclusión exige, además de las informaciones técnicas, un espacio de cuidado emocional a eses profesionales.