Resumen Cuando se analizan dinámicas complejas como son las de la intimidación racial en población infantil en un contexto cultural como el del Amazonas (Colombia), hay que hacerlo exaltando las voces de los niños y no solo las de sus adultos cuidadores. Hacerlo ratifica el rol activo con que estos cuentan y su protagonismo en los procesos que les vinculan. A raíz de ello, en este estudio participaron veinte niños indígenas y colonos de una escuela urbana de Leticia (Amazonas, Colombia), y se partió de un enfoque cualitativo, haciendo uso de un diseño fenomenológico en que se emplearon dos instrumentos: guías de entrevista semiestructurada y un conjunto de nueve viñetas diseñadas para promover narraciones icónicas por parte de los niños. El material recopilado se analizó a través del software Nvivo, clasificando datos en factores de riesgo, redes de apoyo, estrategias de afrontamiento, refuerzos y consecuencias de situaciones generadoras de agresión. Los resultados permiten confirmar que el proceso de intimidación es dinámico y tiene varios actores que participan en diferentes escenarios, con una amplia variedad de factores. Además, se fue más allá de investigaciones tradicionales que se han centrado en caracterizar a la víctima y al victimario, mostrándose el rol de otros actores y posibles riesgos para las culturas étnicas en el Amazonas, además de discutirse líneas de investigación e intervención que pueden ser exploradas.
Abstract When complex dynamics are analyzed such as those of racial intimidation in children and in a cultural context as the Amazon (Colombia), it is necessary to do so by exalting the voices of children and not only those of their adult caregivers. Doing so confirms the active role they have and their position in the processes that link them. As a result, 20 indigenous children and settlers from an urban school in Leticia (Amazonas, Colombia) participated in this study; a qualitative approach with a phenomenological design in which two instruments were used: interview guides semi-structured and a set of 9 vignettes designed to promote iconic stories by children. The material collected was analyzed through Nvivo software categorizing data in risk factors, support networks, coping strategies, reinforcements, and consequences of aggression-generating situations. The results allow to identify that the process of intimidation is dynamic, have several actors participating in different scenarios, with a wide variety of factors. The present paper went beyond the traditional investigations that have been focusing on characterizing the victim and victimizer. Additionally, these results show the potential risk for the ethnic cultures in the Amazonas and discuss lines of research and intervention that must be explored.
Resumo Quando são analisadas dinâmicas complexas, como as de intimidação racial em crianças e em um contexto cultural tão específico quanto o da Amazônia (Colômbia), é necessário fazê-lo exaltando as vozes das crianças e não apenas as de seus cuidadores adultos. Isso confirma o papel ativo que eles têm e seu lugar nos processos que os vinculam. Como resultado, 20 crianças indígenas e colonos de uma escola urbana de Letícia (Amazonas, Colômbia) participaram deste estudo e partiram de uma abordagem qualitativa, utilizando um desenho fenomenológico no qual foram utilizados dois instrumentos: guias de entrevista semiestruturado e um conjunto de 9 vinhetas projetadas para promover histórias icônicas de crianças. O material recopilado se analisou através do software Nvivo, classificando dados em fatores de risco, redes de apoio, estratégias de afrontamento, reforços e consequências de situações geradoras de agressão. Os resultados permitem confirmar que o processo de intimidação é dinâmico e tem vários atores que participam em diferentes cenários, com uma ampla variedade de fatores. Em suma, cabe destacar que se foi para além de pesquisas tradicionais que se têm centrados em caracterizar à vítima e ao vitimador, mostrando-se o papel de outros atores e possíveis riscos para as culturas étnicas no Amazonas. Por último, discutem-se linhas de pesquisa e intervenção que podem ser exploradas.