RESUMO O objetivo deste trabalho foi comparar o pico de torque e flexibilidade dos membros inferiores de indivíduos com e sem diabetes mellitus tipo 2 (DM2). O método foi o estudo com grupos expostos e não expostos ao DM2. Foram incluídos indivíduos com diagnóstico médico de DM2, encaminhados para eletroneuromiografia, e não expostos ao DM2. Foram excluídos da pesquisa indivíduos com idade superior a 70 anos ou que, por algum motivo, não conseguiram realizar um ou dois dos testes. A amostra foi não probabilística, composta por 64 indivíduos: 34 (53,1%) expostos ao DM2 e 30 não expostos; 50 (78,1%) eram do sexo feminino, a idade média era de 60,7±7,1 anos, e o membro inferior dominante era o direito em 57 (89,1%) dos indivíduos. Comparando indivíduos com e sem diagnóstico de DM2, observou-se redução do torque de flexão à esquerda, em velocidade angular de 120° (25,94±2,26 vs. 33,79±2,4nm, p=0,027, respectivamente). Relatou-se menor valor do torque de dorsiflexão à direita, em velocidade angular de 60°, dos diabéticos em relação aos não diabéticos (10,95±0,89 vs. 13,95±0,96nm, p=0,033, respectivamente). Ao comparar indivíduos com DM2, com e sem diagnóstico de neuropatia diabética periférica (NDP), notou-se maior déficit de flexão entre os indivíduos neuropatas em comparação com não neuropatas (46,57±9,47 vs. 11,63±13,85nm, p=0,049, respectivamente). Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas ao comparar os grupos de expostos e não expostos ao DM2 e diabéticos neuropatas e não neuropatas.
ABSTRACT To compare the muscle strength and flexibility of the lower limbs of individuals with and without T2DM. The method was a study of the types exposed and unexposed to T2DM. Individuals diagnosed with T2DM, individuals referred to electromyography, and those unexposed to T2DM were included. The exclusion criteria were: individuals over 70 years old; those who for some reason failed to complete one or both tests. The study population consisted of 64 individuals; 34 (53.1%) exposed to DM and 30 unexposed, 50 (78.1%) were female, the mean age was 60.7±7.1 and the dominant lower limb was right in 57 (89.1%) individuals. Comparing individuals with and without a diagnosis of DM, one observed a reduction in the flexion torque on the left at a 120 ° angular velocity in diabetics individuals compared with nondiabetic patients, 25.94±2.26 vs 33.79±2, 4nm, p=0.027, respectively. The reduction in dorsiflexion torque on the right, at a 60 ° angular velocity was observed in diabetics compared with nondiabetic patients, 10.95±0.89 vs. 13.95±0.96nm, p=0.033, respectively. When comparing diabetic individuals with and without a diagnosis of PDN, one observed a greater flexion deficit among neuropathic individuals when compared with non-neuropathic individuals, 46.57±9.47 vs 11.63±13.85nm, p=0.049, respectively. No statistically significant differences were found when comparing groups exposed and unexposed to T2DM, and neuropathic and non-neuropathic diabetics.
RESUMEN El objetivo de este trabajo fue comparar el pico de torque y la flexibilidad de los miembros inferiores de individuos con y sin diabetes mellitus tipo 2 (DM2). El método fue el estudio con grupos expuestos y no expuestos al DM2. Se incluyeron individuos con diagnóstico médico de DM2, encaminados para electroneuromiografía, y no expuestos al DM2. Se excluyeron de la investigación a individuos mayores de 70 años o que, por algún motivo, no pudieron realizar una o dos de las pruebas. La muestra fue no probabilística, compuesta por 64 individuos: 34 (53,1%) expuestos al DM2 y 30 no expuestos; 50 (78,1%) eran de sexo femenino, la edad media era de 60,7±7,1 años, y el miembro inferior dominante era el derecho en 57 (89,1%) de los individuos. En comparación con individuos con y sin diagnóstico de DM2, se observó reducción del torque de flexión a la izquierda, en velocidad angular de 120° (25,94±2,26 frente a 33,79±2,4nm, p=0,027, respectivamente). Se ha reportado un menor valor del torque de dorsiflexión a la derecha, en velocidad angular de 60°, de los diabéticos con relación a los no diabéticos (10,95±0,89 frente a 13,95±0,96nm, p=0,033, respectivamente). Al comparar individuos con DM2, con y sin diagnóstico de neuropatía diabética periférica (NDP), se notó mayor déficit de flexión entre los individuos neuropáticos en comparación con no neuropáticos (46,57±9,47 vs. 11,63±13,85nm, p=0,049, respectivamente). No se encontraron diferencias estadísticamente significativas al comparar los grupos de expuestos y no expuestos al DM2 y los diabéticos neuropáticos y no neuropáticos.