Desde os anos de 1980, a profissionalização domina o discurso reformista internacional sobre a educação. Este texto analisa os resultados do movimento de profissionalização nos últimos trinta anos. É realmente possível observar uma consolidação do movimento profissional no início do século XXI? Vamos mostrar que, vista de uma perspectiva internacional, a evolução do ensino nada tem de linear, que ela é feita de continuidades, de desvios, de retrocessos. Além disso, o ensino tem uma evolução desigual de acordo com os países, ou até mesmo de acordo com as regiões num mesmo país: ele não evolui no mesmo ritmo por toda parte e formas antigas convivem com formas contemporâneas, o que gera diversas tensões. Finalmente, observa-se, num grande número de países, obstáculos à profissionalização: escolas públicas em dificuldade, concorrência, mercantilização da educação, entre outros. Como, então, conceber uma verdadeira profissionalização?
Since the 1980s, professionalization has dominated international reformist ideology regarding teaching. This text questions the result of the professionalization movement over the past thirty years. Is the professional movement truly stronger as we are entering the 21st century? We are going to show that, from an international perspective, the evolution of teaching is far from linear; it consists of recurring patterns, detours, and setbacks. Furthermore, teaching has evolved differently in different countries, even varying among the regions within a single country. Teaching does not evolve with the same rhythm everywhere and traditional and contemporary forms exist side by side, which gives rise to a variety of tensions. Finally, in a large number of countries we observe obstacles to professionalization: school populations facing difficulties, competition, commercialization of education, etc. How, then, can we conceive of attaining real professionalization for teachers?
Depuis les années 1980, la professionnalisation domine le discours réformiste international à propos de l'enseignement. Cet texte s'interroge sur les résultats du mouvement de professionnalisation depuis trente ans. Observe-t-on vraiment une consolidation du mouvement professionnel en ce début du XXIe siècle? Nous allons montrer que, envisagée dans une perspective internationale, l'évolution de l'enseignement n'a rien de linéaire, qu'elle est faite de continuités, de détours, de retours en arrière. De plus, l'enseignement a une évolution inégale selon les pays, voire les régions d'un même pays: il n'évolue pas au même rythme partout et des formes anciennes cohabitent avec des formes contemporaines, ce qui engendre diverses tensions. Finalement, on observe dans un grand nombre de pays des obstacles à la professionnalisation: publics scolaires en difficulté, compétition, marchandisation de l'éducation, etc. Comment dès lors concevoir une véritable professionnalisation?