A cicatrização e remodelação do cólon resultam das modificações do colágeno na matriz extracelular. Algumas condições desequilibram sua renovação, enfraquecendo a resistência mecânica a cicatriz, como resultado da atividade elevada das metaloproteinases locais, e levando a um alto risco de deiscência. As metaloproteinases da matriz extracelular (matrix metalloproteinases, MMPs) constituem uma família de endopeptidases zinco-dependentes - metzincinas. São reconhecidos atualmente, em humanos, cerca de 24 genes responsáveis por cada uma delas. A colagenase (MMP-1) foi identificada por Gross e Lapière (1962) na cauda do girino da rã-touro americana. No câncer as MMPs tem ocupado um lugar especial. Evidências de que a célula neoplásica é capaz de interferir na modulação desta enzima - um co-fator associado à invasividade local e disseminação metastática. As MMP-2 e -7 são observadas com frequência no câncer de cólon, a MMP-12 parece exercer um efeito protetor (melhor prognóstico) e, ao contrário, a MMP-3 o torna pior. A associação entre alta atividade de MMPs, o pior prognóstico do câncer e o maior risco de deiscência de anastomose intestinal já vem sendo considerada, sugerindo uma trilogia consistente. A terapia farmacológica (inibidores MMPs) tem sido investigada, também para o controle do câncer. O artigo discute as informações mais relevantes e atualizadas sobre o assunto.
Colon healing and remodeling depends on the collagen changes in extracellular matrix. Some conditions, disrupt its turnover, causing strength weakening of the scar, as a result of high activity of local matrix metalloproteinases, causing a high risk of dehiscence. The extracellular matrix metalloproteinases are a family of zinc-dependent endopeptidases, or metzincines, and have been currently recognized in humans about 24 genes responsible for each one. The first MMP, colagenase (MMP-1), was described by Gross and Lapière (1962), while studying tadpole resorption of the American bullfrog. Metalloproteinases activity in cancer research, has taken a special place. Currently, evidences points to the cancer cell ability to interfere with enzymatic activity modulation - an co-factor which affects local invasiveness and metastatic dissemination. Both MMPs-2 and -7 have been frequently observed in colon cancer. Moreover, MMP-12 seems to counteract MMP-7 effect therefore considered as a protector and associated with better prognosis, in contrast to MMP-3, which may be responsible for a worse outcome. Association between high activity of MMPs, the prognosis of cancer and increased risk of intestinal anastomotic leakage has been highlighted, suggesting a consistent trilogy. Pharmacological therapy using MMPs inhibitors has been extensively studied, especially targeted for cancer control. The article discusses the most relevant information and updated information on the subject.