OBJETIVO: atividades de promoção de saúde e prevenção direcionadas para osteoporose podem ajudar a reduzir a taxa de fraturas osteoporóticas na população idosa. MÉTODOS: para avaliar se mulheres com osteoporose modificam seus hábitos de vida após a fratura, selecionamos 518 mulheres idosas caucasianas de nosso Serviço Ambulatorial de Reumatologia (122 com fratura), que foram seguidas por um ano. O questionário de avaliação foi baseado no European Vertebral Osteoporosis Study (EVOS) e contém tópicos relacionados com queda, massa óssea e fratura. Radiografias lateral da coluna torácica e lombar foram realizadas de acordo com protocolo padrão para verificar fratura vertebral. Densidade mineral óssea foi medida por meio de densitômetro Lunar DPX, Madison, WI. O comportamento das mulheres foi analisado antes e após a fratura. RESULTADOS: antes da fratura, 34% das mulheres tinham pior percepção da saúde, 40,2% caminhavam pelo menos meia hora por dia, 14,7% usavam bengalas, 56,6% queixavam-se de tonturas, 59,6% possuíam tapetes espalhados pela casa, 78,9% usavam transporte público, 21,1% utilizavam transporte privado (carro) e 36,8% usavam solado de couro e não de borracha. Após a fratura, 66,4% das mulheres tinham pior percepção da saúde; 69,7% ficaram mais sedentárias, 27,9% usavam mais bengalas, 63,4% queixavam-se de mais tonturas, 38,3% tinham retirado os tapetes de casa, 68,1% trocaram o transporte público por privado e 55,7% modificaram o solado dos sapatos de couro para borracha. Fatores de risco relacionados com a massa óssea não foram modificados após a fratura. CONCLUSÕES: estes achados sugerem que mulheres idosas modificam somente os hábitos de vida relacionados com quedas, mas não aqueles relacionados com a massa óssea após a fratura por osteoporose. Pesquisas são necessárias a fim de avaliar quais estratégias de intervenção podem ocasionar melhores resultados na prevenção de fraturas por osteoporose.
OBJECTIVE: health promotion and disease prevention activities directed to osteoporosis might help to reduce the rate of osteoporotic fractures among elderly people. METHODS: in order to check whether osteoporotic women modify their habits after the fracture, 518 postmenopausal white Brazilian elderly women were recruited from the outpatient clinic of the Rheumatology Division (122 of them with fracture) and were followed for one year. Questionnaire of evaluation was based on the European Vertebral Osteoporosis Study (EVOS) and inquiries about topics related to falls, bone mass and fracture. Lateral thoracic and lumbar radiographs were taken according to a standard protocol in order to verify vertebral fracture. Bone mineral density was measured using a bone densitometer (Lunar DPX, Madison, WI). Women's behavior was analyzed before and after the fracture. RESULTS: before the fracture, 34% of them had poor health perception, 40.2% walked at least half an hour per day, 14.7% used canes, 56.6% complained of dizziness, 59.6% scattered rugs, 78.9% used public transportation, 21.1% used car, and 36.8% wore leather instead of rubber sole. After the fracture, 66.4% of those women had worse health perception; 69.7% became more sedentary, 27.9% used more canes, 63.4% complained of more dizziness, 38.3% removed rugs, 68.1% changed from public to private car transportation, and 55.7% modified their shoes from leather to rubber sole. Risk factors related to bone mass did not change before and after the fractures. CONCLUSIONS: these findings suggested that women modify only lifestyle habits related to falls but not those related to bone mass after osteoporotic fracture. Further research is needed in order to check which intervention strategies may lead to better results in preventing osteoporotic fractures.