As cidades brasileiras tiveram suas estruturas urbanas orientadas por relações do tipo centro-periferia, no âmbito das quais as áreas centrais eram caracterizadas como as melhor equipadas e as periféricas pelo uso residencial dos segmentos de menor poder aquisitivo, marcadas pela precariedade de condições de vida individual e coletiva. Um conjunto de transformações nas formas de produção do espaço urbano, cada vez mais associadas à realização dos interesses fundiários e imobiliários, tem gerado a redefinição dos conteúdos econômicos, sociais e culturais do "centro" e da "periferia" dessas cidades, seja em função de novos equipamentos comerciais e de consumo, seja pela reorientação do interesses industriais ou, com maior peso, pela implantação de novos habitats urbanos. Neste artigo, essa dinâmica é analisada, tomando-se como referência o Estado de São Paulo-Brasil e como foco suas cidades médias.
Brazilian cities have had their urban structures oriented by relations of the kind city center-periphery, where the central areas have been characterized as better equipped and the periphery as residential area for the lowerincome classes, marked by poor individual and collective life conditions. A set of transformations in the forms of urban space production, increasingly associated with interests in real-estate and land ownership, have produced a redefinition of the economic, social and cultural contents of the "city center" and the "periphery" of these cities, either because of the new commercial and consume equipment, or the reorientation of industrial interests, or, more significantly, by the implementation of new urban habitats. In this article this dynamics is analyzed having as a reference the State of Sao Paulo, Brazil, and as its focus the state's medium-size cities.
Las ciudades brasileñas tuvieron sus estructuras urbanas orientadas por relaciones del tipo centro-periferia, en el ámbito de las cuales las áreas centrales eran las mejor equipadas y la periferia urbana se caracterizaba por la concentración de áreas residenciales de los segmentos de menor poder adquisitivo, marcadas por la precariedad de condiciones de vida individual y colectiva. Un conjunto de transformaciones en las formas de producción del espacio urbano, cada vez más asociadas a la realización de los intereses inmobiliarios, ha generado la redefinición de los contenidos económicos, sociales y culturales del "centro" y de la "periferia" de esas ciudades, sea en función de nuevos equipamientos comerciales y de consumo, sea por la reorientación de intereses industriales, o, con mayor importancia, por la implantación de nuevos hábitats urbanos. En el artículo, esta dinámica es analizada, tomando como referencia el Estado de Sao Paulo (Brasil) y como foco sus ciudades medias.