Resumo Introdução: O Comportamento sedentário (CS) tem sido descrito como fator de risco independente para saúde, a despeito da recomendação de atividade física moderada a intensa (AFMI). Contudo, pouco foi investigado se CS e AFMI são preditores da ocorrência de quedas. Objetivo: Comparar as associações entre CS e AFMI e a ocorrência de quedas em adultos de meia-idade e idosos. Método: Os participantes usaram acelerômetro triaxial no quadril dominante por sete dias para obtenção de CS e AFMI. A ocorrência de quedas e o risco cardiovascular foram avaliados através de autorrelato. Avaliamos o pico de torque (PT) isocinético da extensão de joelho, o pico de consumo de oxigênio (V’O2) em protocolo de rampa na esteira, e massa magra (MMC) e gordura (GC) corporais (bioimpedância elétrica). Comparamos o papel de CS e AFMI na ocorrência de quedas através de regressões lineares múltiplas ajustadas por idade, sexo, fatores de risco para doença cardiovascular, MMC, V’O2 pico, e PT da extensão de joelho. Resultados: Avaliamos 379 participantes de 40 - 80 anos. Quarenta e oito participantes reportaram, pelo menos, uma queda nos 12 meses anteriores ao estudo (14.5%). Os caidores apresentaram menor CS e maior AFMI. Eles eram predominantemente mulheres e idosos com menor aptidão física. Após as análises multivariadas, AFMI foi selecionada como preditor independente da ocorrência de quedas, aumentando o odds ratio de cair (1.184, 95% intervalo de confiança, 1.016 - 1.378). Conclusão: Os episódios de quedas, sobretudo em mulheres de meia-idade, foram associados com maior AFMI, indicando efeito adverso da AFMI nestes sujeitos.
Abstract Introduction: Sedentary behavior (SB) has been described as an independent risk factor for health, regardless of the recommended amount of moderate-to-vigorous physical activity (MVPA). However, SB and MVPA as predictors of falls have been poorly investigated. Objective: To compare the associations between SB and MVPA and the occurrence of falls in middle-aged and older adults. Method: The participants wore a triaxial accelerometer over the dominant hip for seven days to measure SB and MVPA. The occurrence of falls and cardiovascular risk factors were assessed by self-report. Isokinetic peak torque (PT) of knee extension, peak oxygen uptake (V’O2) in a ramp treadmill protocol, and lean (LBM) body mass and body fat (BFM) (bioelectrical impedance) were also assessed. The critical roles of SB and MVPA on the occurrence of falls were compared by multiple logistic regression adjusted for age, sex, cardiovascular risk factors, LBM, peak V’O2, and PT of knee extension. Results: 379 participants were evaluated, aged 40-80 years. Forty-eight participants reported at least one fall in the previous 12 months (14.5%). Fallers presented lower SB and higher MVPA. They were predominantly women and older adults with lower physical fitness. After multivariate analysis, MVPA, but not SB, was selected as an independent predictor of falls, increasing the odds ratio of having a fall (1.184, 95% confidence interval, 1.016 - 1.378). Conclusion: Episodes of falls in predominantly middle-aged and women subjects were associated with a higher amount of MVPA, not the opposite, indicating an adverse effect of MVPA in these subjects.
Resumen Introducción: El comportamiento sedentario (CS) se ha descrito como un factor de riesgo independiente para la salud, independientemente de la cantidad recomendada de actividad física moderada a vigorosa (AFMV). El CS y el AFMV como predictores de caídas fueron poco investigados. Objetivo: Comparar las asociaciones entre CS y AFMV, y la ocurrencia de caídas en adultos de mediana edad y mayores. Método: Los participantes usaron un acelerómetro triaxial durante siete días para medir CS y AFMV. La ocurrencia de caídas y factores de riesgo cardiovascular se evaluaron mediante autoinforme. Se evaluó el torque máximo isocinético (TM) de la extensión de la rodilla, el consumo máximo de oxígeno (V’O2) en un protocolo de rampa en la estera, y masas corporales magra (MMC) y grasa (GC) (impedancia bioeléctrica). Comparamos los papeles de CS y AFMV en la ocurrencia de caídas mediante la regresión logística múltiple ajustada por edad, sexo, factores de riesgo cardiovascular, MMC, pico de V’O2 y TM de la extensión de la rodilla. Resultados: Se evaluaron 379 participantes de 40 - 80 años. Cuarenta y ocho participantes informaron al menos una caída en los 12 meses previos (14,5%). Caedores presentaron menor CS y mayor AFMV. Eran predominantemente mujeres y mayores con menor aptitud física. Después de los análisis multivariados, AFMV, pero no CS, fue seleccionada como predictor independiente de caídas, lo que aumentó la odds ratio de tener una caída (1.184, intervalo de confianza del 95%, 1,016 - 1,378). Conclusión: los episodios de caídas en mujeres de mediana edad se asociaron con mayor AFMV, lo que indica un efecto adverso de AFMV en estos sujetos.