No Brasil, a maioria dos trabalhos sobre a aplicação de fosfatos de rocha foi realizada em solos do Cerrado com pH menor que 5,5 e baixos teores de Ca trocável. Estudos em condições diferentes dessa, além de raros, têm sido desestimulados, pois esses solos podem apresentar-se restritivos à dissolução dessas fontes, a depender da espécie cultivada e da natureza geológica do fosfato aplicado. Um experimento para estudar a eficiência agronômica dos fosfatos de Bayóvar e Itafós, aplicados por meio da adubação corretiva, foi implantado em um Cambissolo Háplico Ta eutrófico vertissólico de elevado teor de Ca trocável e pH 6. O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso com parcelas subdivididas em faixas e quatro repetições. As parcelas consistiam de três tratamentos de fosfatagem, na dose de 200 kg ha-1 de P2O5, com o Fosfato Natural Reativo de Bayóvar, o Fosfato de Rocha Itafós e o superfosfato triplo (fonte de referência), além de um tratamento-padrão sem correção de P. As subparcelas correspondiam aos três níveis de adubação de manutenção (0, 60 e 120 kg ha-1 de P2O5) aplicados anualmente no sulco de semeadura, utilizando superfosfato triplo. Cultivou-se milho nos dois anos em que o experimento foi conduzido (2011 e 2012). No período avaliado, a produtividade de grãos e o teor de P foliar do milho indicaram menores necessidades de reposição de P, por meio das doses de manutenção, conforme maior era a solubilidade da fonte corretiva aplicada. Tanto Mehlich-1 quanto a Resina de Troca Iônica Mista removeram mais P dos tratamentos em que foram aplicados fosfatos de rocha em relação ao tratamento onde foi aplicado o superfosfato triplo via adubação corretiva. Quando aplicados de maneira isolada (dose 0 de manutenção), os índices de eficiência agronômica dos fosfatos de rocha foram de 72,08 e 82,31% para o Bayóvar e de 43,85 e 47,47% para o Itafós nos anos de 2011 e 2012, respectivamente. No período avaliado, os tratamentos de maior economicidade foram a fosfatagem com o superfosfato triplo nas doses de manutenção de 0 e 60 kg ha-1 de P2O5 e a com o fosfato reativo de Bayóvar, nas doses de 60 e 120 kg ha-1 de P2O5.
The vast majority of studies done on direct application of rock phosphates in Brazil have been performed in soils with pH less than 5.5 and low exchangeable Ca content. Studies under soil conditions different from these are not only rare, but have not been carried out because these soils may be restrictive to dissolution of these sources, depending on the species grown and the geological nature of the phosphate applied. A completely randomized block split-plot experimental design was set up, with plots subdivided into strips, and four replications, in order to study the agronomic effectiveness of Bayóvar reactive rock phosphate and Itafós rock phosphate in a Cambissolo Háplico Ta eutrófico vertissólico (Inceptisol) with pH 6.0 and high Ca content. The two rock phosphates and the reference source, triple superphosphate (TSP), were broadcast at the rate of 200 kg of P2O5 ha-1 in the main plots and incorporated by disk plowing. A main plot without amendment of P was also included in the study. In the subplots, P was applied as maintenance fertilization at annual rates of 0, 60, and 120 kg of P2O5 ha-1 through TSP in the plant rows. Maize was grown in the rainy seasons of 2011 and 2012. Maize yield and P leaf content indicated less need for maintenance application of P in the Bayóvar plots. The Mehlich-1 and mixed ion exchange resin method removed more soil P from rock phosphate plots than from the plot that received TSP. When applied alone, without maintenance applications, agronomic efficiency was 72.08 and 82.31 % for Bayóvar, and 43.85 and 47.47 % for Itafós in 2011 and 2012, respectively. The most profitable treatments were TSP alone and at the annual P maintenance application rate of 60 kg ha-1 of P2O5; and Bayóvar with annual P application at rates of 60 and 120 kg ha-1 of P2O5.