A epilepsia é uma condição neurológica crônica que afeta o comportamento do paciente e traz dificuldades psico-sócio-culturais. O trabalho em grupos visa melhorar a interação pais-filhos, através de informações adequadas sobre a epilepsia. O objetivo do presente trabalho foi, através dos grupos de apoio (procedimento educativo), esclarecer aspectos relacionados à epilepsia e avaliar a eficácia destes grupos na identificação e na melhora das variáveis psicológicas. Foram aplicados 36 protocolos (pré e pós-testes) que avaliaram sentimentos, crenças e comportamentos dos pais e filhos. Foram observados sentimentos de mágoa e medo, tristeza e rejeição, que foram associados a superproteção e falta de limites. Depois do grupo, 91,6% dos pais relataram ter adquirido mais conhecimento sobre a epilepsia, associando muitas das dificuldades com a falta de informação e a presença de crenças irracionais. Conclui-se que orientação sobre a epilepsia, o uso de medicamentos, os aspectos psicológicos, sociais e comportamentais, melhoram a adaptação à doença. Por isso, a importância dos grupos na desmistificação de crenças, identificação de relações parentais e prevenção de dificuldades comportamentais.
Epilepsy is a neurologic disorder, which affects the patient's behaviour and carries strong psychological, social and cultural difficulties. Group-work improves the interaction parent-child, through appropriate explanations regarding the epilepsy. The purpose of this study was to give adequate information about epilepsy through support groups (educational procedure) and to assess the efficacy of these groups in identifying psychological aspects. Protocols were applied to 36 parents before and after the sessions, with questions concerning feelings and beliefs about epilepsy as well as parent-child interactions. As the main results, the following feelings were observed: fear, frightening and anxiety, sadness and rejection, that were associated with overprotection and lack of limits. After support groups, 91,6% of the parents reported having acquired larger knowledge regarding the epilepsy, associating major difficulties to the lack of information and the inadequate beliefs involved. The conclusion is that the orientation about epilepsy, the use of medicines, the psychological, social and behavioral aspects, improve the epilepsy adaptation. Support groups dispel misconceptions, clarify relations with parents-children and prevent behavioral difficulties.