OBJETIVO: Avaliar a segurança e eficácia da braquiterapia intracoronariana usando o sistema Beta-CathTM na prevenção da recorrência de restenose intra-stent (RIS), por meio da análise dos resultados clínicos, angiográficos e pelo ultra-som intracoronariano (USIC). MÉTODO: Foram submetidos à angioplastia com cateter-balão, seguida de beta-radiação intracoronariana com o sistema Beta-CathTM (90Sr/Y) 30 pacientes com RIS em artérias coronárias nativas e, posteriormente, avaliados. RESULTADOS: Incluíram-se lesões reestenóticas complexas (77% do tipo difuso-proliferativo) com extensão elevada (18,66±4,15 mm). O sucesso da braquiterapia foi de 100%. A dose média utilizada foi de 20,7±2,3 Gy, liberada em um período médio de 3,8±2,1 min. No seguimento tardio, o diâmetro luminal mínimo (DLM) intra-stent diminuiu discretamente (1,98±0,30mm para 1,84±0,39 aos 6 meses, p=0,13), com uma perda tardia de 0,14±0,18 mm. O DLM intra-segmentar foi significativamente menor do que o intra-stent (1,55±0,40mm vs.1,84±0,39mm, p=0,008), associando-se à perda tardia (0,40±0,29mm vs. 0,14±0,18mm; p=0,0001). No USIC, observou-se discreto incremento do tecido neointimal em 6,8±14,3 mm³ aos 6 meses (p=0,19) e a percentagem de obstrução volumétrica aumentou em 4,7±7,5%. A reestenose binária e a revascularização do vaso-alvo recorreram em 17% dos casos; houve 1 caso (3%) de oclusão tardia, associada a infarto do miocárdio. A sobrevida livre de eventos foi de 80%. CONCLUSÃO: O manejo da reestenose intra-stent com a beta-radiação intracoronariana mostrou-se procedimento seguro e eficaz, com alta taxa de sucesso imediato, representando uma opção terapêutica para a inibição da hiperplasia neointimal.
OBJECTIVE: To assess the safety and efficacy of intracoronary brachytherapy using the Beta-Cath systemTM for preventing recurrence of in-stent restenosis (ISR), by analyzing clinical, angiographic, and intracoronary ultrasound (ICUS) results. METHODS: This study assessed 30 patients with ISR in native coronary arteries who underwent balloon catheter angioplasty followed by intracoronary beta radiation with the Beta-Cath systemTM (90Sr/Y). RESULTS: The study comprised complex, extensive (18.66±4.15 mm) restenotic lesions, 77% of which were of the diffuse-proliferative type. Brachytherapy was successful in 100% of the cases. The mean radiation dose used was 20.7±2.3 Gy, released for a mean period of 3.8±2.1 minutes. On late follow-up, the in-stent minimum luminal diameter (MLD) slightly decreased (from 1.98±0.30 mm to 1.84±0.39 mm at 6 months; P=0.13), with a late loss of 0.14±0.18 mm. The intrasegmentary MLD was significantly smaller than the in-stent diameter (1.55±0.40 mm vs 1.84±0.39 mm; P=0.008), and was associated with a more significant late loss (0.40±0.29 mm vs 0.14±0.18 mm; P=0.0001). On ICUS, a mild increase of 6.8±14.3 mm³ in the neointimal tissue was observed at 6 months (P=0.19), and the percentage of volumetric obstruction increased by 4.7±7.5%. Binary restenosis and revascularization of the target vessel recurred in 17% of the cases; late occlusion associated with myocardial infarction occurred in 1 case (3%). Event-free survival was 80%. CONCLUSION: The management of in-stent restenosis with intracoronary beta radiation proved to be a safe and effective procedure, with a high rate of immediate success, representing a therapeutic option for inhibiting neointimal hyperplasia.