Como disfunções do equilíbrio são freqüentes nos pacientes hemiparéticos por acidente vascular encefálico (AVE), o treinamento do equilíbrio é meta fundamental em seu tratamento. O objetivo deste estudo preliminar foi verificar os efeitos da biorretroalimentação, por treinamento em plataforma instável computadorizada, em seis pacientes hemiparéticos por AVE (três homens e três mulheres, com idade média de 56,2 anos). Os pacientes foram avaliados, antes e após o tratamento, quanto a mobilidade funcional (pelo teste de levantar e caminhar cronometrado, TUGT na sigla em inglês), alcance funcional, qualidade de vida relacionada à saúde (pelo Perfil de Saúde de Nottingham) e equilíbrio sobre prancha instável. O treinamento foi feito na mesma prancha, em 23 sessões de cerca de 30 minutos cada, durante oito semanas. Os resultados indicam melhora do equilíbrio, em média, de 119,1% com pés separados e de 79,6% com pés juntos (p<0,001); melhora média do alcance funcional de 15% (p<0,001); melhora da mobilidade de 25,6% (p<0,001); e discreta melhora nos escores da auto-avaliação de qualidade de vida. O programa de treinamento resultou pois em melhoras significativas na amostra estudada, sugerindo que a biorretroalimentação do equilíbrio pode ser uma ferramenta valiosa na reabilitação de pacientes hemiparéticos em decorrência de AVE.
Since balance dysfunction is frequent among poststroke hemiparetic patients, balance training is a fundamental goal in their rehabilitation. The purpose of this study was to assess the effects of biofeedback balance training on an unstable computerized platform in six hemiparetic patients (three men and three women, mean age 56,2 years old). Subjects were assessed, before and after treatment, as to functional mobility (by the timed up-and-go test, TUGT), functional reach, health-related quality of life (by the Nottingham health profile), and as to equilibrium on the unstable platform. The training on an unstable computerized platform took place along 23, 30-minute sessions for 8 weeks. Results showed significant improvement (p<0.001) in standing balance, of 119.1% with feet apart, and of 79.6% with feet together; a 15% increase (p<0.001) in functional reach; a 25.6% improvement in TUGT (p<0.001); and a slight improvement in self-reported quality of life. The program brought thus significant improvements for the sample studied, suggesting that the biofeedback balance training as here proposed may be a valuable tool in the rehabilitation of stroke hemiparetic patients.