Resumo A partir de uma abordagem que trata mente e matéria como planos indissociáveis, defendemos a hipótese de que, em qualquer avaliação de caráter espacial, o espaço ausente é parte do espaço presente. A presença da ausência se manifesta tanto no deslocamento de materialidades heterotópicas quanto na experiência humana, que nos permite carregar valores e impressões de paisagens e lugares que vivenciamos outrora. Assim, construímos a ideia de que a presença da ausência é um paradoxo verificado na análise geográfica. Por meio de uma abordagem epistemológica, mostramos que nossa percepção é sempre enviesada pelas experiências situadas no espaço-tempo, que ensejam alterações nos gostos e preferências que desenvolvemos acerca do espaço. A reflexão deste artigo nos permite considerar a flexibilização de nossas manifestações etnocêntricas à medida que defendemos o fato de que cada um de nós porta uma excepcionalidade mundana.
Abstract In this article, we start from the perspective that mind and matter are inseparable planes to defend the hypothesis that, in any spatial evaluation, the absent space is part of the present space. The presence of absent space manifests itself both in the realm of the displacement of heterotopic materialities and in the realm of human experience. It allows us to carry with us values and impressions about the landscapes and places we once experienced. Thus, we propose the idea that the presence of absence is a paradox verified in geographical analysis. Through an epistemological approach, we demonstrate that our perception is always biased by experiences located in space-time, which provide changes in the tastes and preferences that we develop about space. The reflection of this article allows us to consider the flexibilization of our ethnocentric manifestations as we defend the fact that each of us is bearers of a worldly exceptionality.
Resumen Desde un enfoque que trata mente y materia como planos inseparables, defendemos la hipótesis de que, en cualquier valoración de carácter espacial, el espacio ausente forma parte del espacio presente. La presencia de la ausencia se manifiesta tanto en el ámbito del desplazamiento de materialidades heterotópicas como en el ámbito de la experiencia humana, que nos permite llevar con nosotros valores e impresiones sobre los paisajes y lugares que alguna vez vivimos. Así, construimos la idea de que la presencia de la ausencia es una paradoja verificada en el análisis geográfico. A través de un abordaje epistemológico, demostramos que nuestra percepción siempre está sesgada por experiencias ubicadas en el espacio-tiempo, las cuales propician cambios en los gustos y preferencias que desarrollamos sobre el espacio. La reflexión de este artículo nos permite considerar la flexibilización de nuestras manifestaciones etnocéntricas al defender que cada uno de nosotros es portador de una excepcionalidad mundana.