RESUMO Objetivo Avaliar a eficácia da reabilitação cognitiva em pacientes com a doença de Alzheimer em estágio leve a moderado por meio de uma revisão sistemática. Métodos O levantamento de artigos se deu pelas bases de dados MEDLINE (acessado via PubMed), EMBASE e LILACS, seguindo a Colaboração Cochrane e a recomendação PRISMA, por meio dos critérios de elegibilidade: ensaios clínicos randomizados e que apresentaram o uso da reabilitação cognitiva como intervenção não farmacológica em pacientes com a doença de Alzheimer em estágio leve a moderado, devendo haver pelo menos um grupo de intervenção e um grupo de comparação. Resultados Foram selecionados seis ensaios clínicos randomizados para a realização desta revisão. Em todos os estudos analisados, foi observada melhora no desempenho dos pacientes nos instrumentos de avaliação, principalmente no que diz respeito à realização de atividades da vida diária. Conclusão A reabilitação cognitiva é capaz de prolongar a independência do paciente na realização de atividades da vida diária e de gerar alterações funcionais e estruturais. Como consequência da constatação de poucos trabalhos que atingiram os critérios de elegibilidade, também se constatou a necessidade de se realizarem mais estudos controlados e com maior controle de aplicação, considerando o alto risco de viés nos estudos utilizados.

ABSTRACT Objective To evaluate the efficacy of Cognitive Rehabilitation in patients with mild to moderate Alzheimer’s disease through a systematic review. Methods The survey of articles was done by MEDLINE (accessed via PubMed), EMBASE and LILACS, following the Cochrane Collaboration and the PRISMA recommendation, using the following eligibility criteria: randomized clinical trials that presented the use of cognitive rehabilitation as non-pharmacological intervention in patients with mild to moderate Alzheimer’s disease, with at least one intervention group and one comparison group. Results Six randomized controlled trials were selected for this review. In all of the studies analyzed, improvement in the performance of patients in the assessment instruments was observed, mainly in relation to the performance of activities of daily living. Conclusion Cognitive rehabilitation is able to prolong the independence of the patient in performing activities of daily living and generate functional and structural changes. As a consequence of the finding of few studies that met the eligibility criteria, we also verified the need for more controlled studies and greater application control, considering the high risk of bias in the studies used.