Abstract This article investigates the relationship between books, reading, and teacher education at the São Paulo Normal School in the late 19th century. It analyses the constitution of an archive that should comprise the repertoire of students and teachers, as well as the institutionalization of a space for its keeping and consultation. To that end, it examines a variety of sources including reports, regulations, bylaws, legislation, newspaper articles, and book catalogues. A transnational perspective guides the analysis, emphasizing the relations between São Paulo and France that presided over the constitution of the archive in its first decades of existence. The article also establishes a dialogue with references from the cultural history of pedagogic knowledges and from the history of the book and reading. Since 1870 one can observe the intention of establishing a library composed mainly by titles associated with the different subjects of the Normal School curriculum. The contents of such archive followed the diversification and expansion of the academic chairs in the 1880s and 1890s, revealing the ascent of the scientific character of the field of pedagogy, and the circulation of pedagogical materials and ideas. In a context in which the French public education reforms were revered by Brazilian politicians and educators alike, the inclusion of books and materials, French or otherwise adopted in that country, was seen as fundamental to the appropriation of modern methods and experiences. However, there were obstacles to their use, such as the working hours, lack of adequate lighting, and the scarce command of the language, giving rise to recurrent statements about the low attendance to the library and the small number of works read. reading th century teachers consultation end reports regulations bylaws legislation articles catalogues analysis existence 187 curriculum s 1890s pedagogy ideas alike country experiences However use hours lighting language read 18 1
Resumo Este artigo investiga a relação entre livros, leitura e formação docente na Escola Normal de São Paulo, no final do século XIX. Analisa a constituição de um acervo que deveria compor o repertório de estudantes e professores, e a institucionalização de um espaço para sua guarda e consulta. Para tanto, examina-se um conjunto diverso de fontes, que inclui relatórios, regulamentos, regimentos, legislação, publicações de jornais, catálogos de livros etc. Adota-se a perspectiva transnacional, enfatizando as relações entre São Paulo e França, que marcaram a constituição do acervo em suas primeiras décadas. Dialoga-se com referenciais da história cultural dos saberes pedagógicos e da história do livro e da leitura. Observa-se, desde 1870, o intuito de criar uma biblioteca composta preferencialmente por títulos referentes às matérias do curso normal. A composição de seu acervo acompanhou a diversificação e a ampliação das cadeiras, nos anos de 1880 e 1890, evidenciando a ascensão do caráter científico no campo da pedagogia e a circulação de materiais e ideias pedagógicas. No contexto em que as reformas da instrução pública na França eram admiradas por políticos e educadores brasileiros, a posse de materiais e livros franceses, ou adotados naquele país, era tida como fundamental para a apropriação de experiências e métodos modernos. Entretanto, havia obstáculos à leitura, tais como o horário de funcionamento, a iluminação e o escasso domínio do idioma, sendo constante a afirmação de que a frequência à biblioteca era pequena e que poucas obras eram lidas. XIX professores consulta tanto examinase examina se fontes relatórios regulamentos regimentos legislação jornais etc Adotase Adota transnacional décadas Dialogase Dialoga Observase, Observase Observa se, Observa-se 1870 normal cadeiras 188 1890 pedagógicas brasileiros franceses país modernos Entretanto funcionamento idioma lidas 187 18 189 1