Este estudo foi conduzido na Estação Experimental de Bebedouro, Petrolina-PE, Brasil, para avaliar os erros associados com a aplicação do balanço de energia com base na razão de Bowen em um parreiral (Vitis vinifera, L) com três anos de idade, conduzido em latada, sob irrigação por gotejamento. As medições foram feitas durante o ciclo produtivo de julho a novembro de 2001, que foi dividido em oito estádios fenológicos. Numa torre micrometeorológica localizada no centro do parreiral, foram instalados a 1,00 m acima do dossel da videira, os seguintes instrumentos: saldo radiômetro, radiômetro global e anemômetro; a 0,5 e 1,80 m acima do dossel dois psicrômetros e a 0,02m de profundidade dois fluxímetros. Todos esses sensores foram conectados a um datalogger CR 21X programado para coletar dados a cada 5s e armazenar média a cada 15 minutos, durante 24h00 por dia. Foi feita análise comparativa entre quatro metodologias ou regras de aceitação/rejeição da razão de Bowen, utilizando a metodologia proposta por Spano et al. (2000), como segue: betar1 - valores de beta calculados pela equação de Bowen (1926); betar2 - correção dos valores de betar1 com base na equação proposta por Verma et al. (1978); betar3 - correção dos valores de betar1 de acordo com Uhland et al. (1996); betar4 - exclusão dos valores de betar1, que se encontrasse fora do intervalo (-0,7 < beta < 0,7), recomendado por Soares (2003). Constata-se que as metodologias propostas por Unland et al. (1996) e por Soares (2003) apresentaram melhores correções dos valores da razão de Bowen, concernentes a ocorrência de efeitos advectivos. Quando se compararam os valores de betar1 com betar2 constatou-se que o erro estatístico máximo era de apenas 0,015. No entanto, quando comparam os valores de betar1 com os de betar3 e betar4, verificou-se os erros maximos foram de 5,80 e 3,15, respectivamente.
This study was conducted at the Bebedouro Experimental Station in Petrolina-PE, Brazil, to evaluate the errors associated to the application of the Bowen ratio-energy balance in a 3-years old vineyard (Vitis vinifera, L), grown in a trellis system, irrigated by dripping. The field measurements were taken during fruiting cycle (July to November, 2001), which was divided into eigth phenological stages. A micrometeorological tower was mounted in a grape-plants row in which sensors of net radiation, global solar radiation and wind speed were installed at about 1.0 m above the canopy. Also in the tower, two psicometers were installed at two levels (0.5 and 1.8 m) above the vineyard canopy. Two soil heat flux plates were buried at 0.02 m beneath the soil surface. All these sensors were connected to a Data logger 21 X of Campbell Scientific Inc., programmed for collecting data once every 5 seconds and storage averages for every 15 minutes. A comparative analysis were made among four Bowen ratio accepting/rejecting rules, according to the methodology proposed by Spano et al. (2000): betar1 - values of beta calculated by Bowen (1926) equation; betar2 - values of beta as proposed by Verma et al. (1978) equation; betar3 - exclusion of the beta values obtained as recommended by Unland et al. (1996) and betar4 - exclusion of the beta values calculated as proposed by Bowen (1926), out of the interval (-0.7 < beta < 0.7). Constacted that the Unland et al. (1996) and Soares (2003) accepting/rejection rules were better than that of Verma et al. (1978) for attenuating the advective effects on the calculations of the Bowen ratio. The comparison of betar1 with betar2 rules showed that the statistical errors reaching maximum values of 0.015. When comparing betar1 with betar3 e betar4, the beta errors reaching maximum values of 5.80 and 3.15, respectively.