OBJETIVO: O objetivo neste estudo foi comparar a atividade mioelétrica entre o agachamento unilateral declinado e o agachamento unilateral em superfície plana, no deslocamento vertical de duas diferentes quantidades de massa. PARTICIPANTES: Um grupo de oito sujeitos treinados recreacionalmente sem sinais e sintomas de lesões nas extremidades inferiores. PROCEDIMENTOS: Em dias separados, os sujeitos realizaram dois tipos distintos de agachamento unilateral na fase descendente, diferenciados em função da direção da base de sustentação, sendo uma horizontal e outra inclinada a 25°. Os dois tipos de agachamento foram realizados com dois valores de carga, com o peso do próprio corpo e com sobrecarga representativa de 15 repetições máximas (15RM). MENSURAÇÕES: As atividades mioelétricas do reto femoral, vasto lateral, posteriores de coxa mediais (semimembranoso e semitendinoso) e gastrocnêmio medial foram mensuradas nas quatro situações de teste. RESULTADOS: O grupamento muscular quadríceps mostrou-se sensível à magnitude do ângulo de inclinação da plataforma, manifestando maior atividade no agachamento declinado, e não apresentou aumentos na ativação muscular como resposta ao aumento da carga. Os músculos mediais posteriores da coxa e o gastrocnêmio medial não se mostraram sensíveis à angulação da plataforma nem ao aumento da sobrecarga. Apesar das taxas de co-contração não serem semelhantes entre as quatro situações testadas, as diferenças entre elas não se mostraram estatisticamente significativas. CONCLUSÃO: Os resultados confirmaram a maior ativação do quadríceps gerada no agachamento declinado em comparação ao agachamento realizado em superfície plana, sugerindo que esse exercício pode constituir uma alternativa para programas de reabilitação da tendinopatia patelar. Apesar de não termos encontrado diferenças estatisticamente significativas em relação à co-contração muscular, os achados sugerem que esse exercício deve ser utilizado com cautela, já que o sinergismo muscular entre os músculos testados mostrou-se alterado em decorrência de modificações no status direcional da superfície de apoio, o que pode comprometer a especificidade da exercitação em relação a atividades específicas, como as esportivas, nomeadamente quanto ao aspecto coordenação.
OBJECTIVE: The aim of this study was to compare the myoelectrical activity between the single-leg decline squat and the single-leg standard squat, with two different overloads. PARTICIPANTS: A group of eight recreationally trained subjects with no signs or symptoms of injury in the lower limb. PROCEDURES: On different days, the subjects performed two distinct kinds of unilateral eccentric squat, differentiated by the direction of the base of support, being one flat and the other declined at 25°. These two squats were carried out with two different overloads: with no extra overload and with an overload that represented 15 maximum repetitions (RM). OUTCOME MEASURES: The myoelectrical activities of the rectus femoris, vastus lateralis, medial hamstrings and gastrocnemius medialis were measured in the four test conditions (Flat and Decline Squat with and without extra overload). RESULTS: The quadriceps muscles were sensitive to the platform angle, showing greater activity on the decline squat; however, they did not show increase in the activation when overload was added. The medial hamstrings and gastrocnemius medialis were not sensitive to the platform angle or to the overload increase. In spite of the alterations in the muscular co-contraction ratio in several situations, we did not find any statistically significant differences among the four conditions tested. CONCLUSION: The results confirmed the higher activation of quadriceps generated in the decline squat compared to the standard squat, suggesting that this exercise is an interesting choice for rehabilitation management of patellar tendinopathy. Despite the non-significant statistical differences regarding muscular co-contraction, this exercise should be used with caution, since muscle synergism is changed as a function of tested variables, altering the specificity of this exercise in relation to sports activities, mainly in the coordination aspect.