RESUMO Para além dos aspectos climáticos e ambientais, o Antropoceno configura também uma época de esgotamento dos modelos clássicos de imaginação política do Ocidente. O objetivo do presente artigo é apresentar um panorama da produção intelectual contemporânea sobre o Antropoceno e as Ciências Humanas e, nessa perspectiva, analisar as potencialidades do regime de historicidade cosmo-histórico para a produção de uma história mais centrífuga, múltipla e atenta aos silenciamentos impostos pela modernidade ocidental. Nesse sentido, corroboramos o argumento de que a Cosmo-história é capaz não apenas de dar voz a outras subjetividades, mas de incorporar princípios epistemológicos não antropocêntricos à sua prática metodológica, configurando uma teoria simétrica da história, que reconhece uma pluralidade irredutível de experiências de historicidade enquanto parte ativa da produção do conhecimento. ambientais Ocidente perspectiva cosmohistórico cosmo histórico centrífuga ocidental sentido Cosmohistória Cosmo subjetividades metodológica conhecimento
RESUMEN Más allá de los aspectos climáticos, el Antropoceno configura también una época de agotamiento de los modelos clásicos de imaginación política de Occidente. El objetivo del presente artículo es presentar un panorama de producción intelectual contemporánea sobre el Antropoceno y las Ciencias Humanas, y, en esa perspectiva analizar las potencialidades del régimen de historicidad cosmo-histórico para la producción de una historia más centrífuga, múltiple y atenta a los silencios impuestos por la modernidad occidental. En este sentido, corroboramos el argumento de que la cosmohistoria es capaz no sólo de dar voz a otras subjetividades, pero también de incorporar principios epistemológicos no antropocéntricos a su práctica metodológica, configurando una teoría simétrica de la historia, que reconoce una pluralidad irreductible de experiencias de historicidad como parte activa de la producción del conocimiento. climáticos Occidente Humanas cosmohistórico cosmo histórico centrífuga occidental sentido subjetividades metodológica conocimiento
ABSTRACT In addition to its climatic and environmental features, the Anthropocene is also a time characterized by an exhaustion of classical models of Western political imagination. This article presents an overview of the contemporary scholarship on the Anthropocene and the Human Sciences, and analyzes the potentialities of a cosmohistorical regime of historicity for producing historical narratives that are more centrifugal, multiple, and attentive to the silences imposed by Western modernity. In this sense, this article supports the argument that Cosmo History is capable not only of giving voice to other subjectivities, but also of incorporating non-anthropocentric epistemological principles into its methodological practice, configuring a symmetrical theory of history that recognizes an irreducible plurality of experiences of historicity as an active part of the production of knowledge. features imagination Sciences centrifugal multiple modernity sense subjectivities nonanthropocentric non anthropocentric practice knowledge