RESUMO: A volatilização de herbicidas pode gerar problemas ambientais e agrícolas e resultar em contaminação visual ou fisiológica de espécies vegetais não alvo. Assim, objetivou-se com esta pesquisa estudar a fluorescência da clorofila a de plantas daninhas e forrageiras sob efeito do clomazone na forma de resíduos atmosféricos. O experimento foi conduzido em campo, delineado em blocos casualizados com quatro repetições, em esquema fatorial 6 x 4, sendo seis espécies vegetais: Dolichos lablab, Sorgum bicolor, Urochloa brizantha, Macrotyloma axillare, Portulaca oleracea e Sida rhombifolia, em quatro soluções contendo clomazone: 0, 360, 720 e 1.080 g ha-1 (0, 0,05, 0,10 e 0,15 mg L-1). Foram construídos canteiros, cobertos com filme de polietileno transparente de 150 μm, apresentando volume de 12 m³. As forrageiras foram semeadas em linha, enquanto as plantas daninhas foram selecionadas conforme a incidência no local do experimento. No décimo sexto dia após a emergência, foi inserida a concentração do herbicida diluído em três placas de Petri. Transcorridas 72 horas de exposição, os túneis foram abertos e as placas retiradas, constatando-se evaporação do produto. Procedeu-se às seguintes avaliações: intoxicação das plantas, fluorescência inicial, rendimento quântico máximo do PSII, quenching fotoquímico, quenching não fotoquímico e teor de clorofila. As variáveis fisiológicas, clorofila total, rendimento quântico máximo do PSII e fluorescência inicial da clorofila podem ser usadas de forma eficiente no monitoramento de resíduos do clomazone na atmosfera. Mesmo em concentrações que não promovem efeito visual, o clomazone é capaz de causar danos na atividade fotossintética das espécies.
ABSTRACT: Herbicide volatilization may generate environmental and agricultural problems and result in visual or physiological contamination of non-target plant species. Thus, the goal of this research was to study the fluorescence of chlorophyll a in weeds and fodder plants under the effect of clomazone in the form of atmospheric waste. The experiment was conducted under field conditions designed in randomized blocks with four replications, in a 6 x 4 factor scheme, with six plant species: Dolichos lablab, bicolor Sorgum, Urochloa brizantha, Macrotyloma axillare, Portulaca oleracea and Sida rhombifolia. There were four solutions containing 0, 360, 720 and 1,080 g ha-1 of clomazone (0, 0.05, 0.10 and 0.15 mg L-1, considered as the volume). Seedbeds were built and covered with transparent polyethylene film of 150 μm, with a volume of 12 m³. Fodder plants were sown in line, while weeds were selected according to the incidence. On the sixteenth day after emergence, concentrations of herbicide diluted on three petri dishes were inserted. After 72 hours of exposure, the tunnels were opened and the dishes were removed, noticing evaporation of the product. The following evaluationswere performed: plant poisoning, initial fluorescence, maximum quantum yield of PSII, photochemical quenching, non-photochemical quenching and chlorophyll content. Even at concentrations that do not promote visual effect, clomazone can cause significant damage in the photosynthetic activity of the species. The physiological variables chlorophyll, maximum quantum yield of PSII and initial chlorophyll fluorescence can be effectively used to monitor clomazone waste in the atmosphere.