OBJETIVO: Revisar dados de prevalência de disfunção temporomandibular (DTM) em crianças e adolescentes, verificando-se as variações metodológicas apresentadas. FONTES DE DADOS: Pesquisa de artigos (exceto artigos de revisão e relatos de caso) publicados de 1990 a 2012, nas bases de dados Medline, PubMed, Lilacs e BBO. Os descritores foram "síndrome da articulação temporomandibular", "síndrome da disfunção da articulação temporomandibular", "transtornos da articulação temporomandibular", "estudos de prevalência" e "estudos de corte transversal"; utilizaram-se as palavras "disfunction", "disorder", "temporomandibular", "children", "adolescents", "prevalence", "frequency" and "transversal". SÍNTESE DOS DADOS: Selecionaram-se 17 estudos e a frequência de DTM variou de 16 a 68%. Quanto aos critérios metodológicos, apenas três (18%) estudos relataram o cálculo de poder amostral, três (18%) explicitaram o processo de seleção da amostra, utilizando-se a técnica de seleção estratificada, e nove (53%) realizaram calibração dos examinadores. Os critérios diagnósticos usados nos estudos incluídos foram: índice de Helkimo (n=2; 12%), Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC/TMD) (n=4; 24%), índice craniomandibular (n=1; 6%), protocolos de exames clínicos (n=10; 59%) e questionários anamnésicos (n=6; 35%). CONCLUSÕES: Os relatos da prevalência de DTM em crianças e adolescentes variam amplamente na literatura. São necessárias metodologias adequadas e padronizadas para identificar, com maior validade, a presença de DTM nessa população, o que permitiria uma melhor compreensão dos aspectos patológicos e das medidas preventivas e terapêuticas mais eficazes.
OBJECTIVE: To review the prevalence of temporomandibular disorders (TMD) in children and adolescents, verifying the methodological variations. DATA SOURCES: Research conducted in Medline, PubMed, Lilacs and BBO databases, including manuscripts (except reviews and case reports) published from 1990 to 2012. The descriptors were "temporomandibular joint syndrome", "temporomandibular joint dysfunction syndrome", "temporomandibular joint disorders", "prevalence studies", and "cross-sectional studies"; the words "dysfunction", "disorder", "temporomandibular", "children", "adolescents", "prevalence", "frequency", and "transversal" were used. DATA SYNTHESIS: Seventeen articles were selected, and the TMD frequency varied from 16 to 68%. Regarding the methodological criteria, only three articles (18%) reported sample size determination, three (18%) clearly described the sample selection process by stratified selection technique, and nine studies (53%) carried out the calibration of the examiners. The diagnostic criteria used in the studies were: Helkimo index (n=2; 12%), Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC/TMD) (n=4; 24%), the jaw index (n=1; 6%), clinical protocols (n=10; 59%), and anamnestic questionnaires (n=6; 35%). CONCLUSIONS: The TMD prevalence in children and adolescents varies in the literature. Appropriate and standardized methods are needed to identify, with greater validity, the presence of TMD in this population, allowing a better understanding of the pathological aspects in order to address more effective preventive and therapeutic procedures.
OBJETIVO: Revisar datos de prevalencia de disfunción témporomandibular (DTM) en niños y adolescentes, verificándose las variaciones metodológicas presentadas. FUENTES DE DATOS: Investigar artículos (excepto artículos de revisión y relato de caso) publicados de 1990 a 2012, en las bases de datos Medline, PubMed, Lilacs y BBO. Los descriptores de asunto fueron "síndrome de la articulación témporomandibular", "síndrome de la disfunción de la articulación témporomandibular", "trastornos de la articulación témporomandibular", "estudios de prevalencia" y "estudios de corte transversal"; se utilizaron las palabras "disfunction", "disorder", "temporomandibular", "children", "adolescents", "prevalence", "frequency" y "transversal". Síntesis de los datos: Se seleccionaron 17 estudios y la frecuencia de DTM varió de 16 a 68%. Respecto a los criterios metodológicos, solamente tres (17,6%) estudios relataron el cálculo de poder muestral, tres (17,6%) explicitaron el proceso de selección de la muestra, utilizándose la técnica de selección estratificada, y nueve (52,9%) realizaron calibración de los examinadores. Los criterios diagnósticos usados en los estudios fueron: índice de Helkimo (n=2; 11,7%), Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RCD/TDM) (n=4; 23,5%), índice craneomandibular (n=10; 58,8%) y cuestionarios anamnésicos (n=6; 35,2%). CONCLUSIONES: Los relatos de la prevalencia de DTM en niños y adolescentes varían ampliamente en la literatura. Son necesarias metodologías adecuadas y estandarizadas para identificar, con mayor validez, la presencia de DTM en esa población, lo que permite una mejor comprensión de los aspectos patológicos para acercarse a medidas preventivas y terapéuticas más eficaces.