RESUMO Objetivo: analisar as atitudes dos profissionais de saúde da Atenção Primária à Saúde antes e após a participação de oficinas acerca da abordagem em relação à pessoa com comportamento suicida. Método: estudo de natureza quantitativa e quase-experimental do tipo antes e depois, realizado em município do interior do estado de São Paulo de agosto a setembro de 2019. A amostra foi composta por 34 trabalhadores que responderam a um Questionário Sociodemográfico e ao Questionário sobre Atitudes em Relação ao Comportamento Suicida, aplicados antes e após a realização de três oficinas sobre abordagem à pessoa com comportamento suicida no contexto da Atenção Primária à Saúde. Os dados foram analisados por meio dos testes de Wilcoxon e McNemar, considerando p<0,05. Resultados: identificou-se diferença estatisticamente significativa antes e após as oficinas no que se refere à capacidade profissional (p=0,011), sentimentos negativos em relação ao paciente (p=0,025) e sem categoria (p=0,006), evidenciando a efetividade das oficinas sobre a abordagem da pessoa com comportamento suicida para os profissionais da gestão e do cuidado na Atenção Primária à Saúde. Conclusão: os resultados a curto prazo, observados após oficinas, apontam para uma mudança na concepção e no manejo dos profissionais frente à pessoa com comportamento suicida. Estratégias permanentes e continuadas de formação como espaços de aprendizagem, reflexão e ação são fundamentais para qualificar a abordagem à pessoa com comportamento suicida.
ABSTRACT Objective: to analyze the attitudes of health professionals working in Primary Health Care before and after participating in workshops about how to approach people with suicidal behavior. Method: a before-and-after quantitative and quasi-experimental study, conducted in a municipality in the inland of the state of São Paulo from August to September 2019. The sample consisted of 34 workers who answered a Sociodemographic Questionnaire and the Questionnaire on Attitudes towards Suicidal Behavior, applied before and after three workshops on how to approach people with suicidal behavior in the Primary Health Care context. The data were analyzed by means of the Wilcoxon and McNemar tests, considering p<0.05. Results: a statistically significant difference was identified before and after the workshops regarding professional ability (p=0.011), negative feelings towards the patient (p=0.025) and without a category (p=0.006), evidencing the effectiveness of the workshops on how to approach people with suicidal behavior for management and care professionals working in Primary Health Care. Conclusion: the short-term results observed after the workshops point to a change in the professionals' conception and management in relation to people with suicidal behavior. Permanent and continuous training strategies as spaces for learning, reflection and action are fundamental to qualify the approach to people with suicidal behavior.
RESUMEN Objetivo: analizar las actitudes de los profesionales de la salud que trabajan en Atención Primaria antes y después de participar en talleres sobre el enfoque en relación a personas que presentan conductas suicidas. Método: estudio de carácter cuantitativo y cuasi-experimental del tipo antes y después, realizado en un municipio del interior del estado de San Pablo de agosto a septiembre de 2019. La muestra estuvo compuesta por 34 trabajadores que respondieron un Cuestionario Sociodemográfico y el Cuestionario sobre Actitudes en Relación a las Conductas Suicidas, aplicados tanto antes como después de asistir a tres talleres sobre cómo tratar a personas con conductas suicidas en el contexto de la Atención Primaria de la Salud. Los dados se analizaron por medio de las pruebas de Wilcoxon y McNemar, considerando p<0,05. Resultados: se identificó una diferencia estadísticamente significativa antes y después de los talleres en lo que se refiere a la capacidad profesional (p=0,011), a sentimientos negativos en relación al paciente (p=0,025) y a ninguna categoría específica (p=0,006), evidenciando así la efectividad de los talleres sobre cómo tratar a personas con conductas suicidas destinados a profesionales de gestión y atención en el contexto de la Atención Primaria de la Salud. Conclusión: los resultados a corto plazo que se observaron después de los talleres señalan un cambio en la concepción y el manejo de los profesionales frente a personas que presentan conductas suicidas. Estrategias permanentes y sostenidas en el tiempo como espacios de aprendizaje, reflexión y acción son fundamentales para cualificar debidamente la forma de atender a personas con conductas suicidas.