O presente artigo analisa a relação estabelecida entre a sociologia do trabalho e o sindicalismo no Brasil. Isso é feito cobrindo-se três momentos dessa relação. Tendo como pano de fundo as sucessivas conjunturas políticas e econômicas, partimos daquela primeira geração de sociólogos do trabalho até o período recente, buscando identificar os pontos mais característicos dessa trajetória. Trabalhamos com a hipótese segundo a qual, ao longo de sua trajetória, a sociologia do trabalho no Brasil foi marcada, em seus primórdios, pela busca de afirmação e profissionalização (1950/1960); posteriormente, desenvolveu um forte engajamento político-social, assumindo um caráter público e servindo para conformar certas identidades sociais (1970/1980); por fim, teria derivado para uma sociologia para as políticas públicas (1990/2000).
The present paper analyzes the relationship established between sociology of labor and the unionism in Brazil. That is done by covering three moments of that relationship. Having as a backdrop the successive political and economical conjunctures, we go from that first generation of work sociologists to the recent period, trying to identify the most characteristic points in that trajectory. We work with the hypothesis according to which, along its trajectory, sociology of labor in Brazil was marked, in its origins, by the search for affirmation and professionalism (1950/1960); later, it developed a strong political and social engagement, assuming a public character and serving to conform to certain social identities (1970/ 1980); finally, it would have turned into a sociology for public policies (1990/2000).
Ce travail consiste en l'analyse de la relation existante entre la sociologie du travail et le syndicalisme au Brésil. Pour ce faire, trois moments de cette relation ont été pris en considération. Nous avons comme toile de fond les diverses conjonctures politiques et économiques, et comme point de départ, la première génération de sociologues du travail jusqu'à une période récente, en essayant d'identifier les éléments les plus caractéristiques de cette trajectoire. Nous sommes partis de l'hypothèse que tout au long de sa trajectoire, la sociologie du travail a été marquée, au Brésil et à ses tous premiers débuts, par la recherche d'une affirmation et d'une professionnalisation (1950/1960); elle s'est ensuite développée dans le sens d'un engagement politique et social considérable en assumant un caractère public et en permettant de constituer certaines identités sociales (1970/1980); enfin, elle serait allée vers des politiques publiques (1990/2000).