Resumo Objetivos: Determinar a prevalência de inatividade física entre idosos do município de Viçosa-MG e identificar seus fatores associados. Método: Estudo transversal de base populacional conduzido no município de Viçosa-MG com 621 idosos. Considerou-se como variável dependente a inatividade física, definida pela questão: "O(a) senhor(a) pratica alguma atividade física?" A prática de atividade física considerada restringiu-se àquela realizada regularmente, por pelo menos 20 minutos, três vezes por semana, desconsiderando-se as atividades domésticas, laborais e no deslocamento. As variáveis independentes foram: idade; sexo; escolaridade; autopercepção da saúde; capacidade funcional; história de diabetes, hipertensão, dislipidemias e osteoporose; excesso de peso; risco de alteração metabólica; tabagismo; número de consultas; história de internação hospitalar no último ano e possuir plano privado de saúde. Realizou-se análise descritiva e análise de regressão de Poisson múltipla. Resultados: A prevalência de inatividade física foi de 70,1% (IC 95%: 66,0%-74,0%). Os fatores associados foram sexo masculino, ter idade acima de 80 anos, menor escolaridade, capacidade funcional inadequada, fumar e não possuir plano de saúde privado. Conclusão: A alta prevalência de inatividade física e seus fatores associados indicam a necessidade de desenvolvimento de estratégias sistemáticas para aprimorar as políticas públicas direcionadas para esse grupo etário.
Abstract Objectives: To determine the prevalence of physical inactivity among elderly individuals in the municipality of Viçosa, Minas Gerais and identify associated factors. Method: A cross-sectional population-based study of 621 elderly persons was conducted in Viçosa, Minas Gerais. The dependent variable was physical inactivity, defined by the question "Do you practice some kind of physical activity?" The definition of the term "physical activity" was restricted to activities performed regularly, for at least 20 minutes, three times a week, disregarding domestic, industrial and transportation activities. The independent variables were age; gender; education; self-rated health; functional capacity; history of diabetes, hypertension, dyslipidemia and osteoporosis; overweight; risk of metabolic disorders; smoking; number of medical appointments; history of hospitalizations in the last year and private health insurance. Descriptive analysis and multiple Poisson regression were used. Results: The prevalence of physical inactivity was 70.1% (95% CI: 66.0%-74.0%). The associated factors were the male gender, aged over 80 years, less educated, low functional capacity, smokes and did not have private health insurance. Conclusion: The high prevalence of physical inactivity and its associated factors indicate the need to develop systematic approaches to improve public policies directed at this age group.