Abstract Introduction: vitamin A deficiency (VAD) is one of the biggest problems in public health worldwide, and night blindness (NB) is the first functional change caused by deficiency of this vitamin. In this context, electroretinography stands out as the gold-standard diagnostic method; however, it is a high-cost method and its applicability in clinical practice presents some difficulties. Objective: to compare NB diagnosis through the use of the standardized interview issued by the World Health Organization/Pan American Health Organization (WHO/PAHO) and with electroretinography, and to evaluate the association of these diagnoses with serum concentrations of retinol in individuals with class III obesity. Methods: adult patients of both genders, in the 20-60 years age group, with BMI ≥ 40 kg/m², were studied. NB was diagnosed through electroretinography and the standardized interview validated by the WHO/PAHO. Serum retinol was quantified by the HPLC-UV method, and VAD was diagnosed when levels were < 1.05 μmol/L; severity was also evaluated. The statistical analysis was carried out using the Statistical Package for the Social Sciences, version 21.0 (p< 0.05). Results: mean BMI was 44.9 ± 11.8 kg/m², and a negative correlation was found for serum levels of retinol (p= 0.01). The prevalence of VAD, according to the serum concentration of retinol, was 14 %; of this percentage 23.3 % had NB according to the standardized interview, and 22.0 % according to electroretinography. NB as diagnosed by both methods showed an association with VAD according to serum concentrations of retinol. Of these individuals with NB, according to the standardized interview, 6.9 % had severe VAD, 10.3 % moderate VAD, and 82.8 % marginal VAD. Conclusion: the standardized interview for the diagnosis of NB can be a good strategy to evaluate the nutritional status of vitamin A, and it is a simple, non-invasive, low-cost method.

Resumen Introducción: la deficiencia de vitamina A (DVA) es uno de los mayores problemas de salud pública a escala mundial, y la ceguera nocturna (CN) es el primer cambio funcional causado por la falta de esta vitamina. En este contexto, la electrorretinografía se destaca como el método de diagnóstico de referencia; sin embargo, es un método de coste elevado y su aplicabilidad en la práctica clínica presenta algunas dificultades. Objetivo: comparar el diagnóstico de CN mediante el uso de la entrevista estandarizada de la Organización Mundial de la Salud/Organización Panamericana de la Salud (OMS/OPS) con la electrorretinografía, y también evaluar la asociación de estos diagnósticos con las concentraciones séricas de retinol en las personas con obesidad de clase III. Métodos: se estudiaron pacientes adultos de ambos sexos, en el grupo de 20 a 60 años de edad y con IMC ≥ 40 kg/m². La NB se diagnosticó mediante electrorretinografía y la entrevista estandarizada validada por la OMS/OPS. El nivel sérico de retinol se cuantificó mediante el método HPLC-UV, y el DVA se diagnosticó cuando los niveles eran < 1.05 µmol/l; también se evaluó la gravedad. El análisis estadístico se realizó a través del Paquete Estadístico para las Ciencias Sociales, versión 21.0 (p < 0,05). Resultados: el IMC promedio fue de 44,9 ± 11,8 kg/m² y se encontró una correlación negativa en los niveles séricos de retinol (p = 0,01). La prevalencia de DVA, según las concentraciones séricas de retinol, fue del 14 %; de este porcentaje, el 23,3 % tenían NB de acuerdo con la entrevista estandarizada y el 22,0 % según la electrorretinografía. La NB diagnosticada por ambos métodos mostró asociación con el DVA según las concentraciones séricas de retinol. De estos individuos con NB, según la entrevista estandarizada, el 6,9 % tenían VAD grave, el 10,3 % VAD moderado y el 82,8 % VAD marginal. Conclusión: la entrevista estandarizada para el diagnóstico de NB puede ser una buena estrategia para evaluar el estado nutricional de la vitamina A y es un método simple, no invasivo y de bajo coste.

OBJETIVO: Investigar a associação entre doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) e os marcadores de lesão e função hepática com os componentes da síndrome metabólica (SM) em indivíduos obesos classe III. MÉTODOS: A população estudada foi constituída por 144 pacientes com obesidade classe III (IMC > a 40 kg/m²). A SM foi identificada segundo o critério do NCEP ATP III, por meio da determinação do perfil lipídico, glicemia e insulina basal. Foram quantificados ainda os marcadores de função e lesão hepática. A resistência à insulina (RI) foi verificada pelo índice HOMA-IR e o diagnóstico da DHGNA por ressonância magnética. Os cálculos estatísticos foram realizados pelo programa estatístico SPSS na versão 13.0. A associação foi verificada pelo teste Mann-Whitney e qui-quadrado, com nível de significância de 5%. RESULTADOS: Foi encontrada associação significativa entre o diagnóstico de SM e DHGNA (χ² = 6,84; p = 0,01). Quanto aos componentes diagnósticos para SM, constatou-se associação positiva e significativa entre HDL-c (p = 0,05), circunferência da cintura (p < 0,05) e hipertensão arterial (χ² = 4,195; p = 0,041) com a DHGNA. O índice HOMA-IR (p < 0,001) também apresentou associação positiva com a doença hepática. CONCLUSÃO: Constatouse associação positiva e significativa entre DHGNA e componentes da SM em indivíduos obesos classe III, sugerindo a necessidade e importância do monitoramento desses componentes para rastreamento da DHGNA.

OBJECTIVE: To investigate the association between non-alcoholic fatty liver disease (NAFLD) and liver function/injury markers with components of metabolic syndrome (MS) in class III obese individuals. METHODS: The study population consisted of 144 patients with class III obesity (body mass index [BMI] > 40 kg/m²). MS was diagnosed according to the National Cholesterol Education Program - Adult Treatment Panel III (NCEP ATP III) criteria, by determining the lipid profile, blood glucose and basal insulin. Liver function/injury markers were also quantified. Insulin resistance (IR) was measured by HOMA-IR and NAFLD diagnosis was established by magnetic resonance imaging (MRI). Statistical calculations were performed by SPSS version 13.0. The association was assessed by the Mann-Whitney and Chi-square tests, with a level of significance set at 5%. RESULTS: There was a significant association between the diagnosis of MS and NAFLD (χ² = 6.84, p = 0.01). As for the diagnostic components of MS, there was a positive and significant association between HDL-C (p = 0.05), waist circumference (p < 0.05) and hypertension (χ² = 4.195, p = 0.041) with NAFLD. HOMA-IR (p < 0.001) also showed a positive association with liver disease. CONCLUSION: A positive and significant association between NAFLD and components of metabolic syndrome in class III obese individuals was observed, suggesting the need and importance of monitoring these components for NAFLD screening.

OBJETIVOS: Avaliar a concordância entre a ressonância magnética (RM) e a ultrassonografia abdominal (USG) no diagnóstico da doença hepática gordurosa não-alcoólica (DHGNA), bem como a concordância entre cada método com o exame padrão-ouro histopatológico. MÉTODOS: A população estudada foi constituída por 145 pacientes com obesidade grau III (IMC > 40 Kg/m²), de ambos os sexos. O diagnóstico da DHGNA foi realizado por ultrassonografia e ressonância magnética. Em uma subamostra foi realizado o diagnóstico por biópsia hepática (n=40). Para avaliar a concordância entre os diagnósticos por USG e RM, utilizou-se o coeficiente Kappa. RESULTADOS: Observou-se uma concordância fraca entre os dois métodos (Kappa ajustado= 0,27; IC 95%= 0,07-0,39). Foi encontrada uma concordância moderada entre o diagnóstico da doença por USG e biópsia hepática, com 83,3% de resultados concordantes e Kappa ajustado de 0,67. Já a concordância entre o diagnóstico por RM e histopatológico foi ausente, com 53,6% de resultados concordantes e Kappa ajustado de 0,07. CONCLUSÃO: A boa concordância encontrada entre o diagnóstico realizado pela USG e a biópsia hepática reforça a necessidade de condução de mais estudos como os que vêm recomendando uma padronização da avaliação diagnóstica por USG como forma de minimizar a necessidade da realização da biópsia hepática para diagnóstico de formas mais graves da doença.

OBJECTIVES: To evaluate the concordance between abdominal ultrasound and an MRI (Magnetic Resonance Imaging) in the diagnosis of non-alcoholic fatty liver disease (NAFLD), and concordance of these two methods with the histopathological exam. METHODS: The population studied was comprised of 145 patients with morbid obesity (BMI > 40 Kg/m²), of both genders. NAFLD diagnosis was performed by MRI and Ultrasound. Liver biopsy was performed in a sub-sample (n=40). To evaluate the concordance of these two methods, the kappa coefficient was used. RESULTS: Concordance between both methods (MRI and Ultrasound) was poor and not significant (Kappa adjusted= 0.27; CI 95%= 0.07-0.39.) Nevertheless a slight concordance was found between diagnosis of NAFLD by ultrasound and the hepatic biopsy, with 83.,3% of concordant results and Kappa adjusted= 0.67.Results of an MRI and the histopathological exam were compared and results showed 53.6% of concordant results and kappa adjusted= 0.07. CONCLUSION: The concordance found in the diagnosis performed using the ultrasound method and the hepatic biopsy, shows a need to implement and perform more research on the use of ultrasound to validate and reconsider these methods. This would minimize the need to perform biopsies to detect and diagnose such disease.