OBJETIVO: Identificar parâmetros clínicos e ecocardiográficos associados à evolução do canal arterial em recém-nascidos com peso de nascimento <1.500g. MÉTODOS: Estudo retrospectivo de 119 recém-nascidos, no qual foram analisados parâmetros clínicos (pré-natais: idade materna, risco infeccioso e corioamnionite, uso de corticoide, tipo de parto e idade gestacional; perinatais: peso, Apgar, gênero e classificação peso/idade gestacional; pós-natais: surfactante, sepse, oferta hídrica, sopro cardíaco, frequência cardíaca, movimento precordial e pulsos, diurético, índice de oxigenação, queda de saturação/apneia, suporte ventilatório, intolerância alimentar, radiografia de tórax, função renal, instabilidade hemodinâmica e alterações metabólicas); parâmetros ecocardiográficos (diâmetro do canal arterial, relação canal arterial/peso, relação átrio esquerdo/ aorta, diâmetro diastólico ventrículo esquerdo, direção, padrão e velocidade de fluxo pelo canal arterial). Os parâmetros clínicos e ecocardiográficos analisados foram considerados estatisticamente significantes quando p<0,05. RESULTADOS: Nos 119 recém-nascidos, a incidência de canal arterial foi de 61,3%, 56 receberam tratamento (46 medicamentoso e 10 cirúrgico), 11 tiveram fechamento espontâneo, 4 foram a óbito e 2 receberam alta com persistência do canal arterial. Houve maior incidência de corioamnionite, uso de surfactante, menor peso e idade gestacional, sepse, sopro cardíaco, ventilação e piores índices de oxigenação nos recém-nascidos tratados. O grupo com fechamento espontâneo apresentou menor diâmetro do canal arterial, menor relação canal arterial/peso e maior velocidade do fluxo pelo canal arterial. CONCLUSÃO: Com base em parâmetros clínicos e ecocardiográficos, foi possível diferenciar os recém-nascidos com fechamento espontâneo do canal arterial daqueles com necessidade de tratamento.
OBJECTIVE: To identify clinical and echocardiographic parameters associated with the evolution of the ductus arteriosus in neonates with birth weight lower than 1,500g. METHODS: Retrospective study of 119 neonates in which clinical parameters (Prenatal: maternal age, risk of infection and chorioamnionitis, use of corticosteroid, mode of delivery and gestational age. Perinatal: weight, Apgar score, gender and birth weight/gestational age classification; Postnatal: use of surfactant, sepsis, fluid intake, heart murmur, heart rate, precordial movement and pulses, use of diuretics, oxygenation index, desaturation/apnea, ventilatory support, food intolerance, chest radiography, renal function, hemodynamic instability, and metabolic changes) and echocardiographic parameters (ductus arteriosus diameter, ductus arteriosus/weight ratio, left atrium/ aorta ratio, left ventricular diastolic diameter, and transductal flow direction, pattern and velocity) were analyzed. The clinical and echocardiographic parameters analyzed were considered statistically significant when p<0.05. RESULTS: In the 119 neonates, the incidence of patent ductus arteriosus was 61.3%; 56 received treatment (46 pharmacological and 10 surgical treatment), 11 had spontaneous closure, 4 died, and 2 were discharged with patent ductus arteriosus. A higher incidence of chorioamnionitis, use of surfactant, lower weight and gestational age, sepsis, heart murmur, ventilatory support and worse oxygenation indices were observed in the neonates receiving treatment. The group with spontaneous closure had a smaller ductus arteriosus diameter, lower ductus arteriosus/weight ratio, and higher transductal flow velocity. CONCLUSION: Based on clinical and echocardiographic parameters, the neonates with spontaneous closure of the ductus arteriosus could be differentiated from those who required treatment.