RESUMO Este artigo propõe uma análise sobre a questão da doença e da morte nas representações artísticas em coleções de pintura de Belém do Pará entre o final do século XIX e início do século XX. Para isso, propõe uma leitura transversal a partir de questões impostas no presente, na pandemia de covid-19, como recurso heurístico comparativo. Trata-se, portanto, de estabelecer um diálogo entre presente e passado por meio das imagens, potências, reverberações, registros discursivos e exposições museológicas. Assim, doenças retratadas na pintura, como o câncer e a tuberculose, vistas no quadro das epidemias da belle-époque, são agora analisadas não somente no quadro das comorbidades da pandemia do tempo presente, mas também como repertório cognitivo da própria história e da memória das imagens na Amazônia.
ABSTRACT This article analyzes artistic representations of disease and death in painting collections from Belém do Pará between the end of the 19th century and the beginning of the 20th century. The article proposes a cross-sectional reading as a heuristic resource based on questions that the Covid-19 pandemic has raised. It aims, therefore, to establish a dialogue between the present and the past through images, powers, reverberations, discursive records, and museum exhibitions. Thus, diseases portrayed in paintings, such as cancer and tuberculosis, seen in the context of epidemics of belle-époque, are analyzed not only in the context of the comorbidities of the pandemic of the present time, but also as a cognitive repertoire of history and memory of images in Amazônia.
RESUMEN Este artículo propone un análisis sobre la enfermedad y la muerte en las representaciones artísticas en colecciones de pinturas de Belém do Pará, entre finales del siglo XIX e inicios del siglo XX. Para ello, se propone una lectura transversal a partir de cuestiones impuestas en el presente, en la pandemia de Covid-19, como resultado heurístico comparativo. Se trata, por tanto, de establecer un diálogo entre el presente y el pasado por medio de las imágenes, potencias, reverberaciones, registros discursivos y exposiciones museológicas. De esta forma, enfermedades retratadas en la pintura, como el cáncer y la tuberculosis, vistas en el cuadro de la belle-époque, son ahora analizadas no solamente en el cuadro de las comorbilidades de la pandemia del tiempo presente, pero también como repertorio cognitivo de la propia historia y de la memoria de las imágenes en la Amazonia.