A trajetória da população brasileira, na primeira metade deste século, tanto em termos de seu volume, quanto de sua estrutura etária, já está praticamente definida, pois, tanto a transição de mortalidade quanto a da fecundidade já se encontram muito avançadas. Enquanto a população idosa (65 e mais anos de idade) aumentará a taxas altas (entre 2% e 4% ao ano), a população jovem tenderá a decrescer. Segundo projeções das Nações Unidas, de 3,1% da população total, em 1970, a população idosa brasileira deverá passar a aproximadamente 19%, em 2050. Paralelamente, conviverão dentro das populações jovem e adulta subgrupos etários com crescimento negativo e positivo. A transição etária brasileira gera oportunidades e desafios que, se não aproveitados e enfrentados, no momento devido, levará o país a seriíssimos problemas, nas próximas décadas.

Brazil is currently in an advanced stage of both the mortality and fertility transitions, which allows one to confidently forecast the age distribution and population size over the next four decades. Whereas the elderly population (> 65 years) will increase at high rates (2-4% per year), the young population will decline. According to United Nations projections, the elderly population will increase from 3.1% of the population in 1970 to 19% in 2050. Meanwhile, within the young and adult populations, growth rates will vary among different age groups, ranging from negative to positive values. The changing age distribution of the Brazilian population brings opportunities and challenges that could lead to serious social and economic issues if not dealt with properly in the coming decades.

A trajetória da população brasileira, na primeira metade deste século, tanto em termos de seu volume, quanto de sua estrutura etária, já está praticamente definida, pois, tanto a transição de mortalidade quanto a da fecundidade já se encontram muito avançadas. Enquanto a população idosa (65 e mais anos de idade) aumentará a taxas altas (entre 2% e 4% ao ano), a população jovem tenderá a decrescer. Segundo projeções das Nações Unidas, de 3,1% da população total, em 1970, a população idosa brasileira deverá passar a aproximadamente 19%, em 2050. Paralelamente, conviverão dentro das populações jovem e adulta subgrupos etários com crescimento negativo e positivo. A transição etária brasileira gera oportunidades e desafios que, se não aproveitados e enfrentados, no momento devido, levará o país a seriíssimos problemas, nas próximas décadas.

Brazil is currently in an advanced stage of both the mortality and fertility transitions, which allows one to confidently forecast the age distribution and population size over the next four decades. Whereas the elderly population (> 65 years) will increase at high rates (2-4% per year), the young population will decline. According to United Nations projections, the elderly population will increase from 3.1% of the population in 1970 to 19% in 2050. Meanwhile, within the young and adult populations, growth rates will vary among different age groups, ranging from negative to positive values. The changing age distribution of the Brazilian population brings opportunities and challenges that could lead to serious social and economic issues if not dealt with properly in the coming decades.

This article applies the concept of population momentum for evaluating future population growth in five Latin American countries, assuming a decline rate of fertility to replacement levels. Simulations show that in countries with high mortality and growth rates, i.e. Haiti and Guatemala, the slope of the stable distribution falls faster than low mortality countries as age increases. This theoretical exercise, suggest that for all simulations the population size of the Latin American countries that started fertility transition several decades ago will not experience a significant growth. The population size of Brazil and Argentina, even at their ultimate theoretical size will not duplicate. Finally, although the ultimate size of the population will be reached theoretically in 400/500 years-time; the "almost-stability" state, for the five countries analyzed, will be reached, as everybody would expect, at some point between 2050 and 2100.

El presente artículo incorpora el concepto de inercia demográfica para evaluar el crecimiento poblacional de cinco países de América Latina, suponiendo el tiempo que tomará a la fecundidad alcanzar niveles de reemplazo. Las simulaciones muestran que en países con alta mortalidad, v.g. Haití y Guatemala, la pendiente de la distribución estable decae más rápido que en países con baja mortalidad a medida que aumenta la edad. Este ejercicio teórico muestra en todas las simulaciones que el tamaño de la población de los países de América Latina, que iniciaron su transición demográfica décadas atrás, no experimentará un crecimiento considerable. La población de Brasil y de Argentina, aún al alcanzar su límite teórico, no se duplicará. A pesar de que el límite teórico de las poblaciones analizadas se alcanzará en 400 a 500 años, éstos alcanzarán un estado "cuasi-estable" entre los años 2050 y 2100.