A crescente presença de espécies introduzidas (exóticas) em portos é um dos maiores problemas ambientais que vêm sendo enfrentados nos ecossistemas marinhos. O monitoramento periódico da fauna é necessário para uma detecção precoce das espécies introduzidas. O objetivo deste trabalho é verificar a presença de espécies não nativas na região de influência do Porto de Paranaguá, por meio de estudo taxonômico da fauna de ascídias desta região. As ascídias possuem larvas de curta duração, fazendo com que sua dispersão natural fique restrita a pequenas distâncias. Assim, os representantes desta Classe podem constituir ótimos bioindicadores para introduções mediadas pelo transporte de grandes navios. Foram realizadas coletas em quatro localidades na Baía de Paranaguá (Ilha das Cobras, Píer Tenenge, Ilha do Mel e Ilha da Galheta) e uma fora da Baía (Parque dos Meros) e as informações sobre a fauna de Ascidiacea de outras ilhas próximas, bem como a distribuição geográfica das espécies, foram obtidos na literatura. Identificou-se 18 espécies de ascídias: Perophora multiclathrata (Sluiter, 1904), Ascidia curvata (Traustedt,1882), A. sydneiensis Stimpson, 1855, Clavelina oblonga Herdman, 1880, Cystodytes dellechiajei (Della Valle, 1877), Eudistoma carolinense van Name, 1945, Distaplia bermudensis van Name, 1902, Didemnum granulatum Tokioka, 1954, Diplosoma listerianum (Milne-Edwards, 1841), Lissoclinum fragile (van Name, 1902), Botryllus planus (van Name, 1902), B. tuberatus Ritter & Forsyth 1917, Botrylloides nigrum Herdman, 1886, Symplegma rubra Monniot, 1972, Styela canopus (Savigny, 1816), S. plicata (Lesueur, 1823), Microcosmus exasperatus Heller, 1878 and Molgula phytophila Monniot, 1970. Levando em consideração a distribuição geográfica da espécie, o registro histórico da região e informações provenientes da literatura conclui-se que três espécies podem ser classificadas como nativas, uma como uma introdução inter-regional, duas como introduzidas e 12 como criptogênicas.
Exotic (introduced) species are a growing problem in ports worldwide and comprise the most important impacts in marine ecosystems. Periodic monitoring to detect introduced species is extremely important for effective population control. Here we sampled ascidian species near the port of Paranaguá for a taxonomic study of this fauna to attempt to detect introduced species. Larval stages in ascidians are short-lived, and dispersal is restricted to small distances, and so ascidians are very good bioindicators for exotic introductions due to ship transport. Four locations were sampled within Paranaguá Bay (Ilha das Cobras, Pier Tenenge, Ilha do Mel and Ilha da Galheta) and one location outside of the bay (Parque dos Meros). Information for the nearby fauna and for geographic distributions of the species involved was obtained from the literature. Eighteen species were found: Perophora multiclathrata (Sluiter, 1904), Ascidia curvata (Traustedt,1882), A. sydneiensis Stimpson, 1855, Clavelina oblonga Herdman, 1880, Cystodytes dellechiajei (Della Valle, 1877), Eudistoma carolinense van Name, 1945, Distaplia bermudensis van Name, 1902, Didemnum granulatum Tokioka, 1954, Diplosoma listerianum (Milne-Edwards, 1841), Lissoclinum fragile (van Name, 1902), Botryllus planus (van Name, 1902), B. tuberatus Ritter & Forsyth 1917, Botrylloides nigrum Herdman, 1886, Symplegma rubra Monniot, 1972, Styela canopus (Savigny, 1816), S. plicata (Lesueur, 1823), Microcosmus exasperatus Heller, 1878 and Molgula phytophila Monniot, 1970. The known geographic distributions based on the literature and collections suggest that three species are native, one is a inter-regional introduction, two are introduced from the Pacific and the remaining 12 are cryptogenic.