RESUMO Embora nas últimas três décadas do século XX os argumentos a favor do Estado não devessem intervir diretamente na economia se espalharam, desde os anos 2000, houve uma maior presença de empresas estatais nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Na Argentina, essa participação teve como objetivo neutralizar as consequências das políticas neoliberais e fortalecer a soberania sobre setores estratégicos que haviam sido privatizados. O governo que assumiu em dezembro de 2015 redefiniu essa orientação política, o que gerou inúmeras perguntas sobre o futuro das empresas estatais e de seus trabalhadores. Como as mudanças na gestão estadual afetaram as condições de trabalho e, com elas, as características do conflito trabalhista no setor? Este artigo analisa os conflitos trabalhistas promovidos pelos trabalhadores das empresas estatais e seus representantes sindicais durante o período 2006-2019. Para caracterizar as estratégias adotadas, são abordados especificamente os tipos de reclamações e o repertório de ações desenvolvidas foram aquelas com ou sem greve. Também são consideradas as continuidades e rupturas entre os períodos governamentais considerados. A análise desenvolvida alimenta-se da integração de dados da Base de Conflitos Trabalhistas do Ministério do Trabalho, Emprego e Seguridade Social, regulamentos, documentos oficiais e artigos de jornais. Este trabalho procura fornecer evidências empíricas que sirvam ao debate mais amplo sobre o papel do Estado e o desempenho sindical nas empresas y sociedades estatais.

RESUMEN Si bien en las últimas tres décadas del siglo XX se extendieron los argumentos en favor de que el Estado no debía intervenir directamente en la economía, desde los 2000, persiste una mayor presencia de empresas estatales en países desarrollados y en vías de desarrollo. En la Argentina dicha participación tuvo por objeto contrarrestar las consecuencias derivadas de las políticas neoliberales implementadas y afianzar la soberanía sobre sectores estratégicos que habían sido privatizados. El gobierno que asumió en diciembre de 2015 redefinió esa orientación de la política, generando numerosos interrogantes respecto del futuro de las empresas estatales y sus trabajadores. ¿De qué manera los cambios en la gestión estatal de estas compañías afectaron las condiciones laborales de los trabajadores y con ello, las características que adoptó la conflictividad laboral en el sector? En este trabajo se analizan los conflictos laborales impulsados por los trabajadores de las empresas y sociedades del Estado y sus representantes sindicales durante el período 20062019. A fin de caracterizar las estrategias desplegadas en su relación con el Estado empleador se abordan específicamente los tipos de reclamos planteados y el repertorio de acciones desarrolladas fueran éstas con o sin paro. Asimismo se consideran las continuidades y rupturas entre los períodos gubernamentales abarcados. El análisis realizado se nutre de la integración de datos provenientes de la Base de Conflictos Laborales del Ministerio de Trabajo, Empleo y Seguridad Social de la Nación (MTEySS), normativas, documentos oficiales y artículos periodísticos. Mediante este trabajo se procura aportar evidencia empírica que sirva al debate más amplio respecto del rol estatal y el accionar sindical en las empresas y sociedades del Estado.

ABSTRACT Despite in the last three decades of the twentieth century the arguments were spread in favor of the fact that the State should not directly intervene in the economy, as of the 2000, the number of State-owned companies increased in developed and developing countries. In Argentina, this participation counteracted the consequences of neoliberal policies and secured sovereignty over strategic sectors that had been privatized. The Administration that took office in December 2015 redefined that policy orientation what generated numerous questions regarding the future of State-owned enterprises and their workers. How did changes in State management affect working conditions of the companies and with it, the characteristics of labor conflict in the sector? This paper analyzes labor conflicts promoted by State-owned enterprises’ workers and their union representatives during the period 20062019. In order to characterize their strategies, the types of claims and their repertoire of actions (strike and non-strike disputes) are specifically addressed. The continuities and ruptures between administrations are also considered. The analysis is based on the data of the Labor Conflict Base of the National Ministry of Labor, Employment and Social Security, regulations, official documents and newspaper articles. This work provides empirical evidence that contributes to the broadest debate about the role of the State and the performance of trade unions in State-owned enterprises and societies.

RESUMO A partir do estudo das condinóes e relanóes de trabalho estabelecidas desde 2006, este artigo discute o papel do sindicato do setor de servidos de abastecimento de água e esgotamento (Sindicato Gran Buenos Aires de Trabajadores de Obras Sanitarias, SGBATOS) na gestao da empresa reestatizada Aguas y Saneamientos Argentinos S.A. (AySA). Como foi a relanao entre os trabalhadores, o sindicato e a empresa? Quais foram os recursos de poder que o sindicato possuiu? De que maneira o sindicato construiu suas lógicas de anao? As primeiras pesquisas parecem revelar que o sindicato foi uma pena-chave para o desenvolvimento dos servidos, enquanto organizacionalmente permaneceu fortalecido. Dada a mudanza de governo em dezembro de 2015, as continuidades e rupturas com o período anterior também serao estudadas. A análise desenvolvida alimenta-se da integrando de dados e informales de documentos oficiais, Acordos Coletivos de Trabalho, publicares sindicais, artigos de jornais e declarares públicas dos atores sindicais. Através deste trabalho, procura-se contribuir com evidencias empíricas sobre como a anao sindical é implantada na prestando de um servino público essencial re-estatizado. Além disso, fornena alguns elementos de análise que sirvam ao debate mais amplo sobre o papel do Estado e dos trabalhadores e organizanóes sindicais nas empresas estatais.

ABSTRACT Based on the study of labor conditions since 2006, this article analyzes the role performed by the union in water supply services sector (Sindicato Gran Buenos Aires de Trabajadores de Obras Sanitarias, SGBATOS) after the re-nationalization of the company Aguas y Saneamientos Argentinos S.A. (AySA). How was the relationship among workers, the SGBATOS and the company? Which were the trade union’s resources of power? How did the union manage to delineate courses and repertories of action? The first inquiries seem to reveal that the SGBATOS was a key actor for the development of the services while organizationally it remained strengthened. Given the arrival of a new administration at the National Government in December 2015, continuities and ruptures with respect to the previous period are also addressed in this article. The analysis is based on official documents and records, Collective Labor Agreements, trade union publications, newspaper articles and public statements made by trade unionists. This article provides empirical evidence on how trade union’s action is deployed in the provision of an essential re- nationalized public utility. It also contributes to the broader debate about the role of the State and the role of workers and trade unions in State-owned enterprises.

RESUMEN analiza el rol del Sindicato de Gran Buenos Aires de Trabajadores de Obras Sanitarias (SGBATOS) en la gestión de esta empresa reestatizada, a partir de estudiar las condiciones y relaciones laborales establecidas desde 2006. Se caracteriza también la estrategia sindical desplegada. ¿Cómo se planteó la relación entre los trabajadores, el sindicato y la empresa? ¿Cuáles son los recursos de poder con los que cuenta el sindicato? ¿De qué manera construye sus lógicas de acción? Las primeras indagaciones parecen revelar que el sindicato resultó ser una pieza clave para el desenvolvimiento de las prestaciones a la vez que organizativamente se mantuvo fortalecido. Dado el cambio de gobierno en diciembre de 2015, se abordan también las continuidades y rupturas con el período anterior. El análisis desarrollado se nutre de la integración de datos e información provenientes de documentos oficiales, Convenios Colectivos de Trabajo, publicaciones sindicales, artículos periodísticos y declaraciones públicas de los actores sindicales. Mediante este trabajo se procura aportar evidencia empírica sobre cómo se despliega el accionar sindical en la prestación de un servicio público esencial reestatizado. Asimismo, brindar algunos elementos de análisis que sirvan al debate más amplio acerca del rol del Estado y de los trabajadores y las organizaciones sindicales en las empresas estatales.

As part of the international statistical agenda, data production on labor disputes or collective labor conflicts entails multiple research traditions and approaches in connection with: 1) the context in which disputes are recorded (labor relations system, productive structure, labor market characteristics, etc.); 2) the aims of the statistics and; 3) the methodological aspects (information sources, definition of the unit of analysis and indicators). This paper compares the different ways in which statistics on labor disputes are elaborated by government statistical agencies. The research contributes to generate updated information on fundamental methodological aspects that, in most cases, is not easily available. Likewise, the comparative approach enriches theoretical and methodological discussions related to the study of this type of statistics by raising new research questions concerning collective action. The analysis is based on the comparison of official statistics produced by Argentina, Australia, Chile, France, Germany, Mexico, Spain, the United Kingdom and the United States. Regarding the dimensions proposed for this study, authors consider: information sources, the unit of analysis, labor conflicts indicators involving strike and non-strike disputes.

La elaboración de datos sobre conflictos laborales forma parte de la agenda de los sistemas estadísticos nacionales y de los organismos internacionales, así como de la producción académica vinculada a temas laborales. Dentro de este campo, se reconocen múltiples tradiciones teóricas y abordajes metodológicos vinculados a: 1) el ámbito particular en el que se inscribe la conflictividad (el sistema de relaciones laborales, la estructura productiva, las características del mercado de trabajo, etc.); 2) los objetivos que orientan la construcción de los datos estadísticos y 3) las decisiones metodológicas referidas a las fuentes de información, la definición de la unidad de análisis y los indicadores. En este marco, este artículo aborda de manera comparada las formas en que los datos sobre conflictos laborales son elaborados por los organismos oficiales de estadística. Se contribuye así a generar información actualizada sobre aspectos metodológicos fundamentales que, en la mayoría de los casos, no se encuentran disponibles o explicitados. Asimismo, a partir del análisis comparativo y la descripción en profundidad de una variedad de casos, se aporta a la discusión teórico metodológica más general que atraviesa el estudio de este tipo de estadísticas, contribuyendo a la elaboración de categorías analíticas que amplíen los alcances de los estudios en el campo. Por otra parte, el desarrollo de estos aspectos metodológicos plantea nuevos interrogantes de investigación que, sin ser objetivos de este artículo, resultan fundamentales para iniciar un estudio de aquellos factores (sistemas de relaciones laborales, estructura productiva, entre otros) que den cuenta de los criterios metodológicos divergentes adoptados en cada país. El análisis se basa en la comparación de la producción estadística de Alemania, Argentina, Australia, Chile, España, Estados Unidos, Francia, México y el Reino Unido. Con respecto a las dimensiones estudiadas, se consideran: las fuentes de información, la unidad de análisis, los indicadores de la conflictividad laboral con paro y los conflictos que no involucran una huelga como modalidad de acción colectiva.

In 2003, the Kirchner Administration started a new political cycle that involved profound changes in Argentina. Among these changes we highlight the redefinition of State's actions towards privatized public utilities. This article studies State performance in this sector during 2003-2015. We compare two re-nationalized utilities of the Metropolitan Area of Buenos Aires: the drinking water and sanitation services and the passenger rail transportation. In this context, many questions arise: what was the logic behind the re-nationalizations? What sort of institutional arrangements were implemented according to these management changes? Our analysis articulates primary and secondary sources which are supplemented by specific studies on the subject.

En el año 2003 se abrió un nuevo ciclo político en Argentina que implicó profundas transformaciones respecto de la década precedente. Entre ellas se destacó un replanteo de las relaciones del Estado con las empresas privatizadas. El presente trabajo aborda el accionar del Estado en los servicios públicos durante el período 2003-2015, estudiando comparativamente dos servicios del Área Metropolitana de Buenos Aires que fueron re-estatizados en esa etapa: el de agua potable y saneamiento y el de transporte ferroviario de pasajeros. En dicho contexto, planteamos los siguientes interrogantes: ¿Cuál fue la lógica de las re-estatizaciones? ¿Qué tipo de institucionalidad se forjó en relación con este cambio en la gestión de dichos servicios? Para el desarrollo de las hipótesis propuestas se analizaron articuladamente diversas fuentes primarias y secundarias y fueron puestos en relación con estudios específicos sobre la temática.

This article deals with the State regulation of drinking water and sanitation services in the Metropolitan Area of Buenos Aires. Its main objective is to identify the continuities and ruptures in State regulation during the transition from private management (1993-2006) to renationalisation and State management (2006 onwards). The concept of “State capacities” (both administrative and relational) is used to assess regulatory performance. For the administrative capacities, the correspondence between the design and resources of the agencies, as well as the differences between their formal functions and actual practices, is examined. For the relational capacities, the policies of the National Government and its interaction with both the water and sanitation companies and the regulatory and control agencies are considered. The analysis is based on official documents, legislation and statistics, company balance sheets and reports, newspaper articles and semi-structured interviews.