O artigo trata da estranha "não morte do neoliberalismo" (Crouch, 2011), referencial ideológico que permanece entre as prioridades das políticas do setor educacional do Banco Mundial (BM). Analisam-se, para exemplificar esse fenômeno, dois relatórios da estratégia do setor educacional, Education Sector Strategy 1999 (Banco Mundial, 1999) e Education Strategy 2020 (Banco Mundial, 2011), usados para orientar as operações do BM na área da educação. Focam-se particularmente as maneiras como um setor privado expandido, juntamente com a Corporação Financeira Internacional (International Finance Corporation - IFC) (o braço investidor do setor privado do BM), é promovido como detentor do conhecimento e da capacidade para atuar num papel mais central na educação enquanto um "mercado emergente". Dessa forma, o artigo centra sua crítica na questão das parcerias público-privadas (PPPs), refletindo sobre o neoliberalismo enquanto projeto político e sobre o paradoxo de seus visíveis fracassos, ao menos por ora, parecerem inspirar rodadas mais avançadas de engenhosidade neoliberal no setor educacional.
This paper discusses the strange "non-death of neo-liberalism" (Crouch, 2011) in the Bank's education sector policy priorities. A key point of entry will be the two education sector strategy reports, Education Sector Strategy 1999 (World Bank, 1999) and the Education Strategy 2020 (World Bank, 2011), to guide the Bank's education operations. The article focuses particularly on the ways in which an expanded private sector, together with the International Finance Corporation (the Bank's private sector investment arm) are promoted as having the knowledge, and capacity, to play a more central role in education as "an emerging market".Thus, the paper criticizes public private partnerships (PPPs), reflecting on neo-liberalism as a political project, and on the apparent paradox that, for the moment at least, its manifest failures seem to animate further rounds of neoliberal ingenuity in the education sector.
Este artículo hace referencia a la extraña "no-muerte del neoliberalismo" (Crouch, 2011), marco ideológico que se encuentra entre las prioridades de las políticas del sector de educación del Banco Mundial. Se analizan, para ejemplificar este fenómeno, dos informes de la estrategia del sector de educación: Education Sector Strategy 1999 (Banco Mundial, 1999) y Education Strategy 2020 (Banco Mundial, 2011), usados para orientar las operaciones del Banco Mundial en el área de la educación. Se focalizan particularmente las maneras como un sector privado expandido, juntamente con la Corporación Financiera Internacional (el brazo inversionista del sector privado del Banco), se promueve como el que detiene el conocimiento y la capacidad para actuar en un papel más central en la educación, en cuanto "mercado emergente". De esta forma, el artículo centraliza su crítica en la cuestión de las Sociedades Público-Privadas (SPPs), reflexionando sobre el neoliberalismo, en calidad de proyecto político, y sobre la paradoja de sus fracasos visibles que, al menos por ahora, parecen inspirar acciones más avanzadas de ingeniosidad neoliberal en el sector de la educación.