Este texto apresenta resultados de pesquisa sobre o Programa Minha Casa Minha Vida - Entidades, uma das modalidades da política de habitação inaugurada em 2009, no âmbito da sua apreensão como parte da constelação de programas sociais dos governos Lula e Dilma Roussef. Esses resultados de pesquisa ainda em curso apontam para dilemas, paradoxos e dimensões que envolvem a demanda, os operadores, os processos de produção dos conjuntos habitacionais e a produção e reprodução das formas de desigualdade e segregação socioespacial na cidade de São Paulo, assim como a constituição de um campo de consensos que permeia as relações entre movimentos de moradia e Estado, no interior do que se pode denominar de "lulismo".
This text presents the results of a research about the program Minha Casa, Minha Vida - "Entities", one of the social housing policies launched in 2009, as to its part in the group of social welfare programs of the governments of Lula and Dilma Rousseff. These results from a research which is still going on point to dilemmas, paradoxes, and dimensions which involve the demand, the operators, the production processes of the housing compounds, and the production and reproduction of inequality and segregation in the city of São Paulo. Also, it points to the constitution of a field of agreements which permeates the relations between movements for housing and the State inside what can be called Lulismo.
Ce texte présente les résultats d'une recherche concer-nant le Programme Ma Maison Ma vie - "Entités", l'une des politiques du logement inaugurée en 2009 dans le cadre de la constellation de programmes sociaux des gouvernements de Lula et de Dilma Roussef. Les résultats de cette recherche, toujours en cours, indiquent des dilemmes, des paradoxes et des dimensions portant sur la demande, les opérateurs, les processus de production de l'ensemble des logements, la production et la reproduction des formes d'inégalités et de ségrégation socio-spatiale dans la ville de São Paulo ainsi que la création d'un champ de consensus qui imprègne les relations entre les mouvements pour le logement et l'État au sein de ce que l'on pourrait appeler le "lulisme".