Resumo Objetivo Nós realizamos uma revisão sistemática para avaliar a efetividade e a segurança do Tribulus terrestris no tratamento da disfunção sexual feminina (DSF). Fontes de dados Nós realizados uma busca eletrônica irrestrita nas seguintes bases de dados: MEDLINE, CENTRAL, EMBASE, LILACS, CINAHL, PsycINFO, WHO-ICTR, Clinicaltrials.gov, e OpenGrey. Seleção dos estudos Nós incluímos todos os ensaios clínico randomizados (ECR) que comparou T. terrestris com controles ativos/inativos. Após o processo de seleção, conduzido por 2 revisores, 5 ECRs (n = 279 participantes) foram incluídos. Extração de dados O processo de extração de dados foi realizado por dois revisores, utilizando-se um formulário de extração de dados pré-estabelecido. Síntese de dados Devido à falta de dados disponíveis e à heterogeneidade clínica entre os estudos incluídos, nós não realizamos meta-análises. O risco de viés foi avaliado pela tabela de risco de viés da Cochrane e, a certeza do corpo da evidência foi avaliada pelo Grading of Recommendations, Assessment, Development and Evaluations (GRADE). Resultados Após 1 a três 3 meses de tratamento, mulheres na pré e pós-menopausa randomizadas ao T. terrestris tiveram um aumento significante nos escores de função sexual. O grupo com 3 meses de tratamento com T. terrestris exibiu um aumento significante dos níveis séricos de testosterona emmulheres pré-menopausa. Não houve relato de eventos adversos graves, e nenhum estudo avaliou qualidade de vida das participantes. A certeza da evidência foi considerada muito baixa, o que significa que existe pouca certeza na estimativa dos efeitos e que é provável que futuros estudos mudem estas estimativas. Conclusão Mais ECRs são importantes para apoiar ou refutar o uso do T. terrestris. A decisão de usar essa intervenção deve ser compartilhada com pacientes, e as incertezas sobre seus efeitos devem ser discutidas durante o processo de decisão clínica.
Abstract Objective We performed a systematic review to assess the effectiveness and safety of Tribulus terrestris to treat female sexual dysfunction (FSD). Data sources We performed unrestricted electronic searches in the MEDLINE, CENTRAL, EMBASE, LILACS, CINAHL, PsycINFO,WHO-ICTR, Clinicaltrials.gov and OpenGrey databases. Selection of studies We included any randomized controlled trials (RCTs) that compared T. terrestris versus inactive/active interventions. After the selection process, conducted by two reviewers, 5 RCTs (n = 279 participants) were included. Data collection Data extraction was performed by two reviewers with a preestablished data collection formulary. Data synthesis Due to lack of data and clinical heterogeneity, we could not perform meta-analyses. The risk of bias was assessed by the Cochrane Risk of Bias (RoB) tool, and the certainty of evidence was assessed with Grading of Recommendations, Assessment, Development and Evaluations (GRADE). Results After 1 to 3 months of treatment, premenopausal and postmenopausal women randomized to T. terrestris had a significant increase in sexual function scores. Three months of treatment with T. terrestris showed a significant increase in the serum testosterone levels of premenopausal women. There was no report of serious adverse events, and none of the studies assessed health-related quality of life. The certainty of the evidence was very low, whichmeans that we have very little confidence in the effect estimates, and future studies are likely to change these estimates. Conclusion MoreRCTs are needed to supportor refute the use of T. terrestris. The decision to use this intervention should be shared with the patients, and the uncertainties around its effects should be discussed in the clinical decision-making process. Number of Protocol registration in PROSPERO database: CRD42019121130