Resumo Objetivo comparar atitudes relacionadas à colaboração interprofissional autorrelatadas por diferentes equipes da atenção primária com a realidade observada de seus processos de trabalho. Método abordagem qualitativa e quantitativa implementada em duas etapas de coleta de dados, entre dezembro de 2019 e outubro de 2020. Na qualitativa, empregou-se a observação sistemática dos atendimentos em unidades de saúde. Utilizou-se roteiro de observação baseado no Referencial para Competências em Interprofissionalidade e no Fluxograma Analisador do processo de trabalho centrado no usuário. As observações foram registradas em diário de campo. Na etapa quantitativa, aplicou-se a Escala de Atitudes Relacionadas à Colaboração Interprofissional. Resultados noventa e um profissionais da atenção básica responderam a escala. Obteve-se uma média de 120 de pontuação, que significa valorização do trabalho colaborativo por respondentes de todas as equipes. Apesar disso, foram observadas divergências entre o falado e o vivido, pois o processo de trabalho estruturado parece limitar atitudes colaborativas. Conclusões e implicações para a prática valorização de atividades programadas para o trabalho interprofissional da equipe de saúde e de enfermagem na atenção primária, como espaços na agenda para reuniões. Necessidade de promoção da educação interprofissional com trabalhadores, bem como de políticas públicas que garantam mecanismos para o trabalho colaborativo na atenção básica.
Abstract Objective to compare self-reported interprofessional attitudes according to the teams from different primary health care services with the actual context of work processes. Method Quantitative and qualitative study in which data were collected in two stages between December of 2019 and October of 2020. Systematic observation was the strategy used to collect data from primary health care centers. A script based on the Canadian Interprofessional Health Collaborative framework and the Analyzer Flowchart was used to observe the patient-centered work process. Observations were recorded in a Field Diary, and the Brazilian version of the Jefferson Scale of Attitudes Toward Interprofessional Collaboration was used. Results 91 primary health workers completed the scale. The median score was 120, meaning all the health teams value collaborative work. Nonetheless, differences were found between what the participants say and what they do, considering that the structured work process limits collaborative practice. Conclusions and Implications to Practice the services need to value programmed activities to promote interprofessional collaboration among health and nursing teams working in primary health care, and reserve time, and give opportunities for meetings to occur. Additionally, training addressing interprofessional collaboration needs to be provided to workers in addition to public policies to ensure mechanisms that promote collaborative practices.
Resumen Objetivo comparar las actitudes relacionadas con la colaboración interprofesional autoinformada por diferentes equipos de la atención primaria con la realidad observada en sus procesos de trabajo. Método investigación cualitativa y cuantitativa. La recolección de datos ocurrió entre diciembre de 2019 y octubre de 2020. En la etapa cualitativa se utilizó la observación sistemática de la atención en las unidades de salud, con un guión de observación basado en el Referencial de Competencias Interprofesionales y el Diagrama Analizador del Flujo del proceso de trabajo centrado en el usuario. Registramos las observaciones en el diario de campo. En la etapa cuantitativa se aplicó la Escala de Actitudes Relacionadas con la Colaboración Interprofesional. Resultados 91 profesionales respondieron la escala. Se obtuvo una media de 120 puntos, lo que supone valorización del trabajo colaborativo por profesionales de todos los equipos evaluados. Sin embargo, verificamos diferencias entre lo relatado y lo vivido, ya que el proceso de trabajo estructurado parece limitar las actitudes para el trabajo colaborativo. Conclusiones e implicaciones para la práctica valorización de actividades programadas para el trabajo interprofesional de los equipos de salud y de enfermería, como reuniones programadas. Necesidad de promoción de la educación interprofesional, así como de políticas públicas que garanticen mecanismos de trabajo colaborativo.