RESUMO Objetivo: analisar a prevalência da pré-fragilidade em pessoas idosas residentes na comunidade e os fatores associados. Método: estudo transversal, realizado com 291 idosos cadastrados em unidades de Estratégia Saúde da Família. A pré-fragilidade foi mensurada por meio da Edmonton Frail Scale; e as demais variáveis, com instrumentos diversos. Os dados foram coletados no período de junho a agosto de 2018. A análise dos dados ocorreu por meio dos testes qui-quadrado de Mantel Haenszel, teste de Fisher e regressão multivariada de Poisson. Resultados: a prevalência de pré-fragilidade foi de 69,42% (IC 95%; 63,77%-74,66%). Os fatores associados à pré-fragilidade foram: baixa escolaridade (RP=1,37; IC 95%: 1,11-1,71), dependência para as atividades básicas (RP=1,39; IC 95%: 1,22-1,59) e instrumentais de vida diária (RP=1,58; IC 95%: 1,40-1,78), humor depressivo (RP=1,53; IC 95%: 1,31-1,78), autoavaliação negativa de saúde (RP=1,39; IC 95%: 1,15-1,69), polifarmácia (RP=1,30; IC 95%: 1,13-1,50) e risco nutricional (RP=1,27; IC 95%: 1,09-1,46). Conclusão: a prevalência da pré-fragilidade foi acima da encontrada em outros estudos que utilizaram o mesmo instrumento, e as variáveis associadas a esse desfecho demonstraram a existência de um fenômeno comum entre as pessoas idosas. São resultados importantes, pois evidenciam a necessidade de investimento em pesquisas e intervenções preventivas sobre as condições clínicas, funcionais e sociais dessa população. Além disso, é preciso investir em programas de capacitação profissional para o atendimento integral da pessoa idosa, sobretudo no que se refere à avaliação e prevenção da fragilidade.
ABSTRACT Objective: to analyze pre-frailty prevalence in older adults residing in the community and associated factors. Method: a cross-sectional study, carried out with 291 elderly people registered in Family Health Strategy units. Pre-frailty was measured using the Edmonton Frail Scale, and the other variables were measured using different instruments. Data were collected from June to August 2018. Data analysis was performed using the Mantel Haenszel chi-square test, Fisher’s test and Poisson multivariate regression. Results: pre-frailty prevalence was 69.42% (95% CI; 63.77%-74.66%). Factors associated with pre-frailty were: low education (PR=1.37; 95% CI: 1.11-1.71), dependence on basic (PR=1.39; 95% CI: 1.22-1.59) and instrumental activities of daily living (PR=1.58; 95% CI: 1.40-1.78), depressed mood (PR=1.58; 95% CI: 1.40-1.78). =1.53; 95% CI: 1.31 1.78), negative self-rated health (PR=1.39; 95% CI: 1.15-1.69), polypharmacy (PR=1.30; CI 95%: 1.13-1.50), and nutritional risk (PR=1.27; 95% CI: 1.09-1.46). Conclusion: pre-frailty prevalence was higher than that found in other studies that used the same instrument, and the variables associated with this outcome demonstrated the existence of a common phenomenon among older adults. These are important results, as they highlight the need for investment in research and preventive interventions on the clinical, functional and social conditions of this population. Furthermore, it is necessary to invest in professional training programs for the comprehensive care of older adults, especially with regard to frailty assessment and prevention.
RESUMEN Objetivo: analizar la prevalencia de la prefragilidad en ancianos residentes en la comunidad y los factores asociados. Método: estudio transversal, realizado con 291 ancianos registrados en unidades de la Estrategia Salud de la Familia. La prefragilidad se midió con la escala de fragilidad de Edmonton, y las demás variables se midieron con diferentes instrumentos. Los datos fueron recolectados de junio a agosto de 2018. El análisis de datos se realizó mediante la prueba de chi-cuadrado de Mantel Haenszel, la prueba de Fisher y la regresión multivariada de Poisson. Resultados: la prevalencia de prefragilidad fue del 69,42% (IC 95%; 63,77%-74,66%). Los factores asociados a la prefragilidad fueron: baja escolaridad (RP=1,37; IC 95%: 1,11-1,71), dependencia de actividades básicas (RP=1,39; IC 95%: 1,22-1,59) e instrumentales de la vida diaria (RP=1,58; IC 95%: 1,40-1,78), estado de ánimo deprimido (RP=1,53; IC 95%: 1,31 1,78), autopercepción de salud negativa (RP=1,39; IC 95%: 1,15-1,69), polifarmacia (RP=1,30; IC 95%: 1,13-1,50) y riesgo nutricional (RP=1,27; IC 95%: 1,09-1,46). Conclusión: la prevalencia de prefragilidad fue superior a la encontrada en otros estudios que utilizaron el mismo instrumento, y las variables asociadas a ese desenlace demostraron la existencia de un fenómeno común entre los ancianos. Estos son resultados importantes, ya que destacan la necesidad de inversión en investigación e intervenciones preventivas sobre las condiciones clínicas, funcionales y sociales de esta población. Además, es necesario invertir en programas de formación profesional para la atención integral del anciano, especialmente en lo que se refiere a la evaluación y prevención de la fragilidad.