ABSTRACT This article aims to carry out a sociological reflection on women’s participation in the Portuguese unionism under the theoretical reference of the sociology of absences and emergencies. Our research object is the memories of female workers and union women who experienced the process of democratic transition in Portugal. Analyzing the paradoxical condition of work, not only as a space of economic exploitation but also of women’s insurgency, we present the possibilities of the emergence of women in Portuguese unionism and point out the gender inequalities on contemporary union activism. The empirical research was carried out by bibliographic review, documentary research, consultation of testimonials, and interviews. Finally, we present the key findings of applying the theoretical reference of the sociology of absences and emergencies in labor union studies, focusing on women’s activism.
RÉSUMÉ Le but de cet article est de réaliser une sociologie des absences et des urgences des femmes dans le mouvement syndical portugais. L’objet de la recherche sont les mémoires des travailleuses et syndicalistes qui ont vécu le processus de transition démocratique au Portugal. En analysant la condition paradoxale du travail comme espace d’exploitation économique, mais aussi d’insurrection féminine, nous présentons les possibilités historiques d’émergence de la femme dans le syndicalisme portugais et nous mettons en évidence la persistance des inégalités de genre dans le militantisme syndical contemporain. La recherche empirique a été réalisée à travers d’enquêtes bibliographique et documentaire, de consultation de témoignages et des entretiens. Enfin, les principales conclusions de l’application du cadre théorique de la sociologie des absences et des urgences dans les études syndicales sont identifiées, en se concentrant sur le militantisme de la femme travailleuse.
RESUMO O objetivo deste artigo é realizar uma sociologia das ausências e das emergências das mulheres no movimento sindical português. O objeto de pesquisa são as memórias de operárias e sindicalistas que vivenciaram o processo de transição democrática em Portugal. Ao analisar a paradoxal condição do trabalho como espaço de exploração econômica mas também de insurgência feminina, apresentam-se as possibilidades históricas de emergência da mulher no sindicalismo português e destaca-se a persistência das desigualdades de gênero no ativismo sindical contemporâneo. A pesquisa empírica foi realizada por meio de levantamento bibliográfico e documental, consulta de depoimentos e entrevistas. Por fim, identificam-se os principais achados da aplicação do referencial teórico da sociologia das ausências e das emergências nos estudos sindicais, com foco na militância da mulher trabalhadora.