JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O planejamento da analgesia no tratamento da dor aguda pós-operatória é fundamental para o seu controle efetivo, pois quando não tratada acarreta alterações nocivas ao organismo. Este estudo teve como objetivo analisar a mudança na prescrição de analgésicos no período pós-operatório de cirurgias ginecológicas antes e após a apresentação de simpósio e o fornecimento de manual sobre tratamento da dor. MÉTODO: Estudo prospectivo com 72 pacientes, com idade entre 18 e 80 anos, submetidas à cirurgias ginecológicas, avaliando a efetividade da analgesia pós-operatória pela aplicação da escala numérica da dor e análise da prescrição dos analgésicos, antes e após a apresentação de palestra e o fornecimento de manual sobre tratamento da dor pós-operatória, para os médicos assistentes, residentes e internos da Clínica de Ginecologia de um hospital escola de médio porte. RESULTADOS: A intensidade da dor na 1ªh de pós-operatório foi de 3,62 ± 2,48 no grupo 1; 3,62 ± 3,65 no grupo 2; 2,58 ± 1,93 no grupo 3 (p = 0,33). Na 12ªh, a intensidade da dor foi de 3,62 ± 2,28, no grupo 1; 3,91 ± 3,26, no grupo 2; 3,50 ± 2,14, no grupo 3 (p = 0,85). Na 24ªh, a média da intensidade da dor foi de 2,35 ± 1,98, no grupo 1; 3,70 ± 2,75, no grupo 2; 2,95 ± 1,65, no grupo 3 (p = 0,12). Na 48ªh, a média da intensidade variou de 3,00 ± 1,82, no grupo 1; 3,44 ± 1,81, no grupo 2; 3, 33 ± 1,36, no grupo 3 (p = 0,90). Conforme observado, não houve diferenças estatisticamente significantes entre as etapas na 1ª, 12ª, 24ª e 48ªh pós-operatória. CONCLUSÃO: A intervenção proposta não gerou alterações estatisticamente significantes, porém a combinação analgésica multimodal utilizada proporcionou analgesia adequada.
BACKGROUND AND OBJECTIVES: The planning of analgesia to treat acute postoperative pain is critical for its effective control, because if untreated it brings noxious changes for the body. This study aimed at analyzing the change in analgesics prescription in the postoperative period of gynecological surgeries before and after a symposium and the distribution of a pain treatment manual. METHOD: This is a prospective study with 72 patients aged between 18 and 80 years, submitted to gynecological surgeries, to evaluate the effectiveness of postoperative analgesia by the pain numerical scale and analgesics prescription before and after a presentation and the distribution of a postoperative pain treatment manual to assistant physicians, residents and intern physicians of the Gynecology Clinic of a medium-sized teaching hospital. RESULTS: Pain intensity in the first postoperative hour was 3.62 ± 2.48 for group 1; 3.62 ± 3.65 for group 2; 2.58 ± 1.93 for group 3 (p = 0.33). In the 12th hour, pain intensity was 3.62 ± 2.28, for group 1; 3.91 ± 3.26, for group 2; 3.50 ± 2.14, for group 3 (p = 0.85). In the 24th hour, mean pain intensity was 2.35 ± 1.98, for group 1; 3.70 ± 2.75, for group 2; 2.95 ± 1.65, for group 3 (p = 0.12). In the 48th hour, mean intensity has varied from 3.00 ± 1.82, for group 1; 3.44 ± 1.81, for group 2; 3.33 ± 1.36, for group 3 (p = 0.90). As observed, there have been no statistically significant differences between stages in the 1st, 12th, 24th e 48th postoperative hour. CONCLUSION: Proposed intervention has not brought statistically significant changes, however the multimodal analgesic combination used has provided adequate analgesia.