Resumo Objetivo Identificar a prevalência da fragilidade em idosos e o nível de funcionalidade familiar e analisar a associação dessas variáveis com características sociodemográficas e com o acesso aos serviços de saúde de idosos vinculados à Atenção Domiciliar tipo 1 da Atenção Primária à Saúde. Métodos Estudo transversal analítico, realizado por meio de visitas domiciliares, de outubro de 2018 a abril de 2019, com 124 idosos de 60 anos ou mais, vinculados à Atenção Domiciliar tipo 1 de um distrito sanitário de Porto Alegre. Utilizaram-se a Escala de Fragilidade de Edmonton, o APGAR da família e o questionário de dados sociodemográficos e de acesso ao serviço de saúde. Aplicaram-se o teste t de Student, o teste de Mann-Whitney, o teste do qui-quadrado, o teste exato de Fisher e o modelo de regressão de Poisson na análise estatística. Foi considerado como valor significativo p<0,05. Resultados A prevalência de fragilidade foi de 75%, e 84,7% dos idosos apresentaram bom nível de funcionalidade familiar. A fragilidade apresentou associação estatisticamente significativa, com maior faixa etária (p=0,009), elevado número médio de morbidades (p=0,027), presença de cuidador (p<0,001), não morar sozinho (p<0,001), défice cognitivo (p<0,001) e com forma de atendimento exclusivamente domiciliar (p<0,001). A funcionalidade familiar não apresentou associação estatisticamente significativa com as variáveis em estudo. Conclusão Houve alta prevalência de fragilidade e de boa funcionalidade familiar. Apenas a fragilidade esteve associada significativamente com algumas das variáveis em estudo. Conhecer essa população específica é imprescindível para que intervenções possam ser desenvolvidas, garantindo acesso aos serviços de saúde.
Abstract Objective To identify frailty prevalence and family functionality level in older people and analyze the association of these variables with sociodemographic characteristics and with access to health care services for older people linked to Home Care type 1 in Primary Health Care. Methods This is an analytical cross-sectional study, carried out through home care visits, from October 2018 to April 2019, with 124 older people aged 60 years or older, linked to Home Care type 1 in a health district in Porto Alegre. The Edmonton Frail Scale, the family APGAR and the sociodemographic data and access to health care service questionnaire were used. Student’s t test, Mann-Whitney test, chi-square test, Fisher’s exact test and Poisson regression model were applied in the statistical analysis. A significant value p<0.05 was considered. Results Frailty prevalence was 75%, and 84.7% of the older adults had a good family functionality level. Frailty had a statistically significant association, with a higher age group (p=0.009), a high average number of morbidities (p=0.027), presence of a caregiver (p<0.001), not living alone (p<0.001), cognitive decline (p<0.001) and exclusively home care (p<0.001). Family functionality did not show a statistically significant association with the variables under study. Conclusion There was a high frailty prevalence and good family functionality. Only frailty was significantly associated with some of the variables under study. Knowing this specific population is essential so that interventions can be developed, ensuring access to health care services.
Resumen Objetivo Identificar la prevalencia de la fragilidad en adultos mayores y el nivel de funcionalidad familiar y analizar la asociación de esas variables con características sociodemográficas y con el acceso a los servicios de salud de adultos mayores vinculados a la Atención Domiciliaria tipo 1 de la Atención Primaria a la Salud. Métodos Estudio transversal analítico, realizado por medio de visitas domiciliarias, de octubre de 2018 a abril de 2019, con 124 adultos mayores de 60 años o más, vinculados a la Atención Domiciliaria tipo 1 de un distrito sanitario de Porto Alegre. Se utilizó la Escala de Fragilidad de Edmonton, el APGAR de la familia y el cuestionario de datos sociodemográficos y de acceso al servicio de salud. Se aplicaron la prueba t de Student, la prueba de Mann-Whitney, la prueba chi cuadrado, y la prueba exacta de Fisher y el modelo de regresión de Poisson en el análisis estadístico. Se consideró valor significante p<0,05. Resultados La prevalencia de fragilidad fue de 75 % y el 84,7 % de los adultos mayores presentaron un buen nivel de funcionalidad familiar. La fragilidad presentó una asociación estadísticamente significante, con mayor grupo de edad (p=0,009), elevado número promedio de morbilidades (p=0,027), presencia de cuidador (p<0,001), no vivir solo (p<0,001), déficit cognitivo (p<0,001) y con forma de atención exclusivamente domiciliaria (p<0,001). La funcionalidad familiar no presentó asociación estadísticamente significante con las variables en estudio. Conclusión Hubo una alta prevalencia de fragilidad y de buena funcionalidad familiar. Apenas la fragilidad estuvo asociada significantemente con algunas de las variables en estudio. Conocer a esa población específica es imprescindible para que se puedan desarrollar intervenciones, garantizando el acceso a los servicios de salud.