Resumen La posmodernidad es, al mismo tiempo, un desafío y una oportunidad para la evangelización en virtud de la sobrevaloración de lo individual -herencia de la modernidad- y el retorno de lo religioso -como religiosidad inmanente-. El magisterio del Papa Francisco es un significativo camino para la Iglesia frente a la realidad posmoderna en el rumbo del Concilio Vaticano II. Más precisamente, la Exhortación Apostólica Evangelii Gaudium (EG) explicita algunos principios que implican un nuevo posicionamiento pastoral de la Iglesia en nuestros días. En este sentido, buscamos delinear algunos posibles cambios pastorales derivados del motivo evangelizador y misionero propuesto por EG con miras al establecimiento de un nuevo actuar pastoral de la Iglesia en la contemporaneidad. Para esto, consideramos los elementos teológicos y pastorales de EG pertinentes al tema y nos valemos de algunos comentaristas que desarrollan el pensamiento de Francisco, al traducirlos a las realidades pastorales contemporáneas. El resultado de este análisis es la indicación de algunos cambios pastorales, es decir, actitudes y posicionamientos personales y eclesiales que re-significan prácticas pastorales de otrora, insignificantes para el sujeto posmoderno. Tales cambios no son una simple adaptación condicionada por las circunstancias históricas y sociales; sin embargo, son la explicitación de la riqueza del Evangelio y del mensaje cristiano que es significativa para todo hombre y mujer en cualquier tiempo y espacio.
Abstract Postmodernity is both a challenge and an opportunity for evangelization due to the overrating of individuality -a legacy of modernity- and the return of religiosity -as immanent religiosity. The magisterium of Pope Francis is a meaningful path to answer to our postmodern reality in the ways suggested by the Second Vatican Council. More precisely, the apostolic exhortation Evangelii Gaudium (EG) clearly sets out some principles that entail a new pastoral position of the Church in our time. Bearing this in mind, the purpose of the article is to present some possible pastoral changes as a result of the evangelizer and missionary motifs of EG, which aims at establishing a new pastoral activity for the Church in accordance with contemporaneity. For this purpose, the theological and pastoral ideas regarding this issue are considered and some commentators of the thought of Pope Francis are brought forward, who translate his ideas to contemporary pastoral realities. This analysis points out some pastoral changes, that is, personal and ecclesial attitudes and positions that provide new meanings to former pastoral practices, which are meaningless to the postmodern subject. Such changes are not only simple adaptations, determined by historical and social circumstances, but also the assertion of the richness of the Gospel and Christian teachings, which are meaningful to every man and woman in every place and time.
Resumo A pós-modernidade é, ao mesmo tempo, um desafio e uma oportunidade para a evangelização em virtude da supervalorização do individual -herança da modernidade- e o retorno do religioso -como religiosidade imanente-. O magistério do Papa Francisco é um significativo caminho para a Igreja em face da realidade pós-moderna na esteira do Concílio Vaticano II. Propriamente a Exortação Apostólica Evangelii Gaudium (EG) explicita alguns princípios que implicam um novo posicionamento pastoral da Igreja hoje. Nesse sentido, buscamos delinear alguns possíveis deslocamentos pastorais decorrentes do mote evangelizador e missionário proposto pela EG com vistas ao estabelecimento de um novo agir pastoral da Igreja na contemporaneidade. Consideramos, para tanto, os elementos teológicos e pastorais de EG pertinentes ao tema e valemo-nos de alguns comentadores que desenvolvem o pensamento de Francisco, traduzindo-os para as realidades pastorais contemporâneas. Resultado dessa análise é a indicação de alguns deslocamentos pastorais, ou seja, atitudes e posicionamentos pessoais e eclesiais que ressignificam práticas pastorais de outrora, insignificantes para o sujeito pós-moderno. Tais deslocamentos não são uma simples adaptação condicionada pelas circunstâncias históricas e sociais; são, todavia, a explicitação da riqueza do Evangelho e da mensagem cristã que é significativa para todo homem e mulher em qualquer tempo e espaço.